Alimentação infantil é um assunto sério.

Muito do que somos na fase adulta começa a ser definido pelo que comemos quando pequenos.

É nessa fase que começa a se desenhar a obesidade, por exemplo, quando o cardápio não é exatamente pautado pela alimentação infantil saudável.

Também na infância, o que tem no prato pode ser decisivo para a prevenção de doenças, além do nosso desenvolvimento como um todo, físico e cognitivo.

E todo pai deve saber que não basta se preocupar com o assunto em casa. Afinal, como anda a alimentação saudável infantil na escola do seu filho?

É muito importante que os responsáveis pela criança a incentivem a comer alimentos ricos em nutrientes, além da ingestão de água, para que eles tenham um crescimento saudável, com maturidade física e psicológica.

Mas por onde começar? Afinal, quais são as melhores receitas na alimentação infantil? O que não pode faltar no seu prato em cada fase da infância?

Se você tem dúvidas como esta, vai gostar de saber que preparamos neste artigo um verdadeiro guia de alimentação infantil saudável.

Quer saber como cuidar melhor do seu pequeno a partir daquilo que ele come?

Então, boa leitura!

O que é uma alimentação infantil saudável?

Muito se fala em alimentação infantil saudável, mas, afinal, você sabe o que isso realmente significa?

Esse conceito vai muito além do tipo de alimento que a criança come. É claro que está relacionado ao que tem no seu prato, mas não se restringe a isso.

Ele tem a ver com os hábitos, com ambiente no qual a criança está inserida, seus comportamentos e a própria interação com os pais.

Tudo isso influencia, de certa forma, na relação da criança com o alimento.

Claro que é muito importante sempre oferecer alimentos nutritivos e diminuir o consumo de industrializados, o que é uma regra básica aqui.

Por outro lado, é ainda mais necessário que os pais transmitam uma postura tranquila em relação à alimentação e ao corpo.

O hábito de sentar junto à mesa para fazer as refeições em família reforça os laços e cria uma rotina alimentar, o que é importantíssimo para a alimentação infantil saudável.

No caso de crianças maiores, que já questionam o que querem, o ideal é que os pais tentem equilibrar as opções sem restrições muito difíceis de serem seguidas.

Caso contrário, as chances de ele trocar de lanche com o coleguinha na escola serão bastante grandes.

Resumindo, podemos dizer que a alimentação infantil saudável tem muito de atitude.

Então, qual comportamento você pretende ensinar para seu filho?

Alimentação saudável infantil: qual a importância para as crianças e para a família?

Como falamos anteriormente, a alimentação saudável infantil vai além dos alimentos que ele ingere. E os pais têm total influência nesse processo.

É muito importante criar uma rotina alimentar para que os pequenos entendam que aquele é o momento de comer e também para que os pais consigam ter um tempo prazeroso, fazendo suas refeições junto de toda a família.

A melhor maneira de ensinar o seu filho a comer um alimento saudável é dando o exemplo.

As crianças pequenas são muito curiosas e querem provar tudo o que os pais comem.

Então, permita que elas peguem os alimentos com as mãos, sintam a textura e o sabor de cada um deles, formando a sua própria opinião a respeito.

Outra dica importante é acostumar o bebê com certos alimentos desde pequenos, na hora da introdução alimentar.

Dessa forma, ele se tornará mais receptivo a qualquer novidade.

Os pais precisam fazer da refeição um momento agradável, para compartilhar os acontecimentos do dia.

Forçar a barra para que a criança raspe o prato só vai deixá-la mais estressada – e o que era para ser prazeroso acaba se tornando uma tormenta.

Algumas crianças fazem cara feia para certo tipo de alimento, mas é importante que os pais sejam persistentes.

Então, coloque o alimento “escondido” em uma refeição e, caso eles notem e deixem de lado, tente novamente em outro dia.

Além disso, é importante identificar se você não está cometendo erros bobos no processo, como iremos destacar no próximo tópico.

Erros e falhas na alimentação infantil

A ansiedade de querer que os filhos se alimentem bem e de maneira adequada acaba fazendo com que muitos pais cometam erros nutricionais.

Não é tão simples assim implementar uma rotina alimentar saudável, mas também não veja como uma missão impossível: com paciência, é possível chegar a um equilíbrio.

Quer começar a fazer a coisa certa?

Conheça algumas falhas comuns no que diz respeito à alimentação infantil e busque rever a sua forma de lidar com o assunto.

Proibição de alimentos

Toda criança vai preferir comer um chocolate do que alface. Ou você pensa diferente?

O que acontece é que elas precisam entender que qualquer tipo de alimento sem nutrientes não faz bem e, por isso, não deve ser consumido diariamente.

Mas de que adianta proibir? Até do ponto de vista pedagógico, a ação é nula.

Ao invés de proibir, os pais devem primeiro evitar a oferta desses alimentos.

Isso dá certo até uma determinada faixa etária. Já no caso de crianças maiores, uma boa prática é determinar dias específicos para algumas guloseimas.

Não custa repetir: simplesmente proibir não vai adiantar – talvez só aguce a sua curiosidade e a vontade de experimentar.

Maneira como são servidos os legumes e vegetais

Outro comportamento equivocado que se repete bastante é tentar fazer com que o filho coma um alimento de forma que nem os pais fazem.

As crianças não são obrigadas a gostarem de comer alface ou brócolis puro, sem nenhum tempero.

Para que elas sintam vontade de comer, vale usar temperos naturais para dar um gostinho, também azeite de oliva ou fazer uma apresentação bonita dos alimentos no prato.

Quantidade de açúcar

Não é difícil encontrar estudos que estabelecem uma relação perigosa para as crianças a partir do consumo excessivo de açúcar.

O alimento já foi relacionado à hiperatividade, à obesidade infantil e mesmo a distúrbios de saúde mental.

O ideal, portanto, é evitar o consumo do açúcar em sua forma industrializada, seja em alimentos ou bebidas.

Dê preferência para a ingestão de frutas e de leite, que já possuem quantidade de açúcar suficiente para as necessidades nutricionais dos pequenos..

Introdução do leite de vaca

Ao falar de leite, vale sempre o alerta: o leite materno deve ser o único alimento da criança até os seis meses de idade, continuando depois junto a outros alimentos até os dois anos.

Já no que diz respeito ao leite de vaca, você raramente verá um pediatra indicando o seu consumo por crianças menores de três anos.

É por isso que, nesses casos, a opção correta é pelas fórmulas infantis, ainda que industrializadas.

Apesar de serem produzidas a partir desse leite, elas sofrem alterações para atender às necessidades das crianças pequenas.

Impedir a entrada de crianças na cozinha

Com segurança e monitoramento, a cozinha não é um local proibido.

Apesar de todo o cuidado com fogo e objetos cortantes, o ato de ajudar a fazer alguns alimentos desperta o desejo no pequeno por provar a comida.

Vale incentivar e não impedir essa prática.

Principais ingredientes de uma dieta infantil saudável

Como as crianças costumam imitar as atitudes dos pais, a dieta infantil saudável se inicia com os bons hábitos alimentares deles.

Para isso é importante adotar o seguinte:

  • Ter bons alimentos na geladeira, pois quando procurarem alguma “besteira” para comer, não vão encontrar – e terão que optar por algo mais saudável
  • Sempre inserir alimentos novos nas refeições (saladas, frutas, castanhas e iogurte natural), mesmo que a criança a princípio não goste. A persistência é muito importante nesse momento
  • Comer alimentos diferentes na frente dos filhos, para que eles também sintam vontade de ingerir aquilo
  • Testar novas receitas para dar mais sabor a alimentos “sem graça”.

A receita para o sucesso da alimentação saudável infantil não é tão difícil assim.

O maior desafio mesmo é a paciência para superar essa fase e fazer disso um hábito.

Como organizar e seguir a dieta das crianças

O primeiro passo para organizar a dieta das crianças é seguir uma rotina, com alimentação balanceada e planejamento do cardápio semanal.

Dessa maneira, fica mais fácil saber o que comprar no supermercado, por exemplo.

É importante também esconder os alimentos que não quer que o seu filho coma diariamente e deixar à mostra aqueles que ele pode comer sem culpa.

A organização da despensa também faz parte dessa rotina alimentar.

Para ajudar na alimentação saudável e fazer com que as crianças não comam tantas guloseimas, o ideal é:

  • Fazer as refeições no mesmo horário, para manter o metabolismo dos pequenos sempre funcionando
  • Realizar as refeições em família, o que incentiva as crianças a comerem melhor
  • Colocar a criança de maneira confortável na mesa, seja com a cadeirinha ou no cadeirão
  • Preparar o mesmo alimento de diversas maneiras
  • Misturar alimentos que a criança gosta com outros que ela não conhece, para que ela coma junto e se permita experimentar
  • Tirar obstáculos da mesa, como brinquedos e evite qualquer tipo de discussão, pois isso torna a refeição estressante.

Seguindo essas dicas, acaba ficando mais fácil a organização da dieta e também da rotina da família.

Alimentação saudável para crianças por idade

A alimentação saudável começa assim que o bebê nasce, com a introdução do leite materno, e perdura por toda a vida.

Fato é que uma criança que cresce sabendo se alimentar bem, provavelmente, vai manter essa rotina no futuro.

Veja agora as principais dicas de alimentação infantil por faixa etária.

Recém-nascidos

Os recém-nascidos devem se alimentar exclusivamente de leite materno, pois ele contém todos os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento, como proteínas, açúcares, gorduras e vitaminas.

Nessa fase, o bebê não precisa de água, nem sucos ou chás.

Para as mães que, por algum motivo, não conseguirem amamentar os seus filhos e preferirem as fórmulas lácteas, o ideal é consultar o pediatra antes de começar.

Crianças de 6 meses a 1 ano

A partir dos seis meses, as crianças começam a descobrir os alimentos e é comum que eles rejeitem alguns deles.

Os bebês se acostumam com um novo gosto só depois de 10 a 12 tentativas, por isso, os pais devem insistir antes de falar que o filho não gosta de determinada comida.

Nesta fase, a alimentação precisa ser rica em carboidratos, ferro e proteína, encontrados nas frutas, legumes, verduras e derivados do leite.

Primeiro, os pais devem servir as frutas amassadas, como uma papinha, intercalando com períodos de amamentação.

Assim que o bebê se acostumar com o gosto (depois de um mês mais ou menos), ele pode introduzir os alimentos salgados.

É aí que entram também as leguminosas (feijão, ervilha, grão de bico e lentilha) e as carnes (frango, gado e peixe).

No início, eles devem ser servidos como um purê e, depois. os pedacinhos vão aparecendo, conforme os dentinhos forem nascendo.

Evite bater os alimentos no liquidificador. pois eles podem perder as suas propriedades.

Para crianças até um ano é bom evitar mel, alimentos gordurosos e condimentados, clara de ovo e açúcar.

Crianças de 1 ano a 6 anos

Nesta fase, a criança já consegue mastigar e também é capaz de escolher aquilo que mais agrada ao paladar.

O apetite pode diminuir, mas o ideal é que ela faça até seis refeições por dia.

É importante que os pais continuem oferecendo alimentos ricos em ferro.

Além disso, não há mais restrições nesse período, porém, o ideal é seguir dando prioridade às opções saudáveis.

Crianças com mais de 7 anos

Com esta idade, a criança passa a comer mais, geralmente de duas a três colheres de cada grupo alimentar, que inclui carboidrato, proteína animal e vegetal e gorduras boas.

Como ela já vai para a escola, é normal que queira comer guloseimas no recreio, como balas e salgadinhos.

É nessa fase, portanto que os bons hábitos alimentares que aprendeu desde pequena vão fazer toda a diferença.

A partir dos 13 anos

É muito comum, na adolescência, que o apetite aumente, principalmente dos meninos.

Cada corpo agora possui uma necessidade nutricional específica, por isso, as porções no prato podem variar bastante.

O número ideal de porções é:

  • Carboidratos: 5 a 9
  • Verduras e legumes: 4 a 5
  • Frutas: 4 a 5
  • Leite e derivados: 3
  • Carnes e ovos: 1 a 2
  • Leguminosas: 1
  • Óleos e gorduras: 1 a 2
  • Açúcares: 1 a 2.

11 dicas sobre alimentação infantil saudável

Muitos pais ainda têm muitas dúvidas quando o assunto é alimentação infantil saudável.

Pensando em ajudá-lo a driblar a falta de interesse ou apetite dos pequenos por certos alimentos, elaboramos uma lista com algumas dicas poderosas.

Confira!

  1. Dê o exemplo para o seu filho: coma na frente dele aquilo que gostaria que ele também comesse
  2. Faça do momento da refeição um horário especial, de reunião familiar
  3. Monte um prato bem colorido, se preferir, com desenhos – o que ajuda a deixar o clima descontraído
  4. Chame as crianças para ajudar no preparo do almoço ou jantar
  5. Tenha paciência e insista em oferecer os alimentos que eles rejeitarem
  6. Dê preferência para os alimentos orgânicos e integrais
  7. Mantenha uma rotina e horário de alimentação
  8. Ofereça os alimentos naturais, sem adição de açúcar
  9. Não faça da refeição uma moeda de troca com bens materiais
  10. Evite televisão, celular e brinquedos durante as refeições
  11. Evite ao máximo salgadinhos, biscoitos recheados e outras guloseimas.

Mitos e verdades sobre alimentação saudável infantil

Quando o assunto é alimentação saudável infantil, muitos são os mitos que rondam a cabeça dos pais.

E as dificuldades surgem logo nos primeiros meses de vida das crianças.

Conheça alguns mitos e verdades sobre esse tema.

1. As crianças precisam de apenas três refeições por dia?

MITO.

As crianças costumam fazer entre cinco e seis refeições ao longo do dia, intercaladas com o leite.

2. Os alimentos crus ajudam a desenvolver a musculatura?

VERDADE.

Eles auxiliam no desenvolvimento da musculatura, impedindo que ela fique flácida e prejudique a mastigação, a deglutição e a fala.

3. O bebê deve consumir frutas com casca?

MITO.

A fruta com casca possui maior quantidade de fibras, mas elas devem ser ingeridas quando esses alimentos forem orgânicos – caso contrário, há muitos resíduos de agrotóxicos.

4. Há idade recomendada para a introdução de frutos do mar?

VERDADE.

Os médicos orientam que os pais esperem até a criança completar dois anos, para que não corra risco de alergias ou intoxicação alimentar.

5. Café faz mal para crianças?

MITO.

Apesar de a cafeína não ser indicada para crianças, pois pode deixá-las muito agitadas, uma xícara de café puro por dia não vai fazer mal também.

Conclusão

Para criar uma rotina alimentar e garantir uma dieta saudável, é preciso ter muita paciência.

A criança precisa viver um momento prazeroso ao comer e não sentir como se fosse uma obrigação.

Dessa forma, fica mais fácil para os pais e também para os pequenos.

É importante não forçar a barra, querendo que os filhos comam tudo o que tem no prato, pois pode até atrapalhar a introdução de novos alimentos.

Por isso, é preciso ser persistente e servir várias vezes e de diversas maneiras um msmo tipo de comida.

Dê o exemplo e mostre aos seus filhos as opções mais saudáveis.

Mesmo que no começo eles rejeitem, com o tempo, podem passar a amar tal alimento.

Com todas essas dicas, agora é sua vez de fazer a sua parte e garantir o sucesso na alimentação dos pequenos.

Não esqueça de levar seu filho ao pediatra para acompanhar o seu desenvolvimento.

Aproveite e converse com o profissional para tirar mais dúvidas e garantir uma alimentação infantil saudável de fato.

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Por: Cia da Consulta

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