Você já percebeu como, nos últimos anos, os casos de autismo aumentaram? Todavia, não foi isso o que aconteceu: pelo aumento do conhecimento no assunto, mais pessoas são diagnosticadas ainda na infância. No entanto, o que dizer do autismo em adultos? Isto é, das pessoas que ainda não receberam o diagnóstico ou o tiveram de forma tardia?

Afinal, o autismo não é um transtorno que surgiu recentemente. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), existem cerca de 70 milhões de autistas no mundo, algo em torno de 1% da população. Já o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, revelou que, em 2004, estimava-se que havia 1 autista em cada 166 pessoas. Em 2018, com o aumento dos diagnósticos, o dado mudou para 1 em cada 59. Em 2020, esse número passou para 1 em cada 54. 

Portanto, podem existir muitos indivíduos que ainda não foram diagnosticados ou receberam análises incorretas sobre seus casos. Então, para desmistificar o autismo em adultos, criamos esse guia com as características do transtorno e outros fatos importantes sobre o assunto. Confira. 

Autismo leve e grave em adultos

Quadros leves de autismo em adultos podem ser menos diagnosticados e confundidos com aspectos da personalidade. Um exemplo é a Síndrome de Asperger, um dos tipos de condições presentes no Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), que é considerado menos grave e o paciente pode conviver naturalmente com outras pessoas, apesar de algumas pequenas dificuldades.

Contudo, nos casos de autismo grave, em que há uma interferência grande nas habilidades comunicacionais, intelectuais e comportamentais, é mais comum que a pessoa autista tenha recebido um diagnóstico errôneo na infância, sendo atribuído a ela algum outro tipo de transtorno. Em ambas as situações, o acompanhamento multiprofissional é de grande importância para amenizar os sintomas.

Os sintomas de autismo em adultos

Tanto o autismo em adultos como em crianças possui as mesmas características, como dificuldade de sociabilização (por exemplo, em fazer amizades), falhas de comunicação e alterações comportamentais. Contudo, enquanto nos pequenos esses aspectos costumam ser percebidos durante as brincadeiras, na vida adulta eles são vistos no ambiente de trabalho.

Vamos citar alguns sinais:

Interações com outras pessoas

O adulto autista costuma gostar de trabalhar ou estudar sozinho, além de apreciar um assunto específico, do qual pode até se tornar expert. Também há a possibilidade de apresentar um certo desconforto com ações de carinho, como ao ser abraçado e beijado. Falar sobre seus sentimentos ou reconhecer os do outro também é algo complicado.  Sofrem ainda com mudanças na rotina e, quando algo ocorre diferente do planejado, ficam irritados.

Na comunicação

Os autistas são vistos como pessoas diretas na comunicação, até mesmo como “grosseiros”. Todavia, isso acontece apenas porque possuem um tom de voz monótono. Possuem dificuldade de reconhecer ironias, metáforas e outras formas subjetivas de linguagem. Mais um sintoma comum é não conseguir manter o contato visual com outra pessoa.

Hipersensibilidade

No quesito comportamento, o autismo em adultos mostra a hipersensibilidade. Isto é, o indivíduo sente muito desconforto em ambientes barulhentos e agitados. Até mesmo roupas com texturas diferentes podem causar incômodo, além de algumas restrições alimentares. 

Nunca é tarde para iniciar o acompanhamento

Adultos autistas, que ainda não foram diagnosticados, podem se sentir como peixinhos fora d’água, pois realizam ações ou veem a vida de uma forma diferente do que a considerada “normal” pela sociedade. Por isso, algumas pessoas até consideram um alívio receber o diagnóstico de autismo, porque entendem o motivo de seus comportamentos. 

Mesmo que essa descoberta seja tardia, é importante ter o acompanhamento multiprofissional, a fim de aprender a lidar melhor com alguns sintomas e até mesmo trabalhar traumas que podem ter surgido no decorrer da vida. Então, psicólogos, psiquiatras, fonoaudiólogos e fisioterapeutas são alguns dos especialistas que ajudam muito os autistas, sejam eles crianças ou adultos. 

Autismo em adultos: menos mitos e mais conhecimento

Esperamos que esse artigo tenha contribuído para que você aprenda mais sobre o autismo em adultos, um assunto que ainda é rodeado de mitos e, infelizmente, também de preconceitos. Queremos te dizer que, caso você desconfie que está no espectro do autismo, não tenha medo ou vergonha de buscar ajuda. O diagnóstico correto tem a capacidade de melhorar a sua qualidade de vida.

Nossos especialistas estão à disposição para te auxiliar. Agende uma consulta aqui mesmo em nosso site.

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Por: Cia da Consulta

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