Perguntas que você provavelmente não fez no consultório respondidas pela ginecologista


Você já se sentiu envergonhada de fazer alguma pergunta sobre sua saúde íntima? Se sua resposta for sim, você está no lugar certo. Muitas pessoas deixam de tirar suas dúvidas sobre saúde íntima feminina por medo de julgamentos e tabus.

Quando estamos falando de saúde íntima feminina sabemos que muitas questões sociais interferem, mas o foco é sempre ter a orientação correta. Não devem existir preconceitos ou vergonha e nenhuma dúvida é boba, pois apenas a sua saúde importa.

Por isso, convidamos a Stephanie Feitosa, ginecologista e obstetra aqui na Cia. da Consulta para listar algumas perguntas que poderiam ser feitas em uma consulta com a ginecologista, mas que talvez você ainda não tenha feito. Continue lendo e você pode se surpreender, hein?!

Qual a importância de cuidar da saúde íntima feminina?

O termo saúde íntima resume diversos temas de cuidados e bem estar da nossa região genital. Existem diversas atitudes que influenciam diretamente na nossa saúde íntima. Alguns hábitos inadequados podem provocar desconfortos na região da vulva, favorecer a proliferação de bactérias, fungos e causar um desequilíbrio na sua flora vaginal. Mas não se preocupe que estamos aqui para responder as suas perguntas e ajudar a cuidar bem da sua saúde íntima.

1. Posso usar absorventes diários sempre?

Bom, o uso frequente de absorventes diários não é recomendado e vamos te explicar o porquê. Eles dificultam a ventilação da região íntima, aumentando a temperatura e a umidade na vulva. Tudo isso, como você já deve imaginar, contribui para a proliferação de fungos e bactérias e pode desencadear candidíase e vaginoses, por exemplo.

2. Uso de calcinhas fio dental faz mal?

O uso de calcinhas fio dental por longos períodos pode favorecer algumas infecções genitais. Essas calcinhas acabam mantendo um contato maior e direto com a vagina e a região anal. Isso faz com que o uso no dia a dia favoreça a transmissão de microorganismos da região anal para a vaginal por meio do suor e das secreções vaginais que acabam por manter o tecido úmido.

Além disso, elas podem ser muito justas e prejudicar o retorno linfático, o que favorece inchaços e celulite, e são geralmente feitas de tecidos sintéticos que não favorecem a ventilação e podem causar reações alérgicas.

3. É importante fazer xixi depois da relação sexual?

Sim! E essa é um dos hábitos mais importantes para prevenir infecção urinária. Após as relações sexuais, algumas bactérias conseguem subir e se alojar na uretra, ou seja, no canal onde passa a urina. Ao fazer xixi, seu corpo limpa este canal e diminui a chance de infecção urinária.

4. Posso usar sabonete íntimo?

Antes de tudo, vamos esclarecer que você jamais deve lavar a parte interna da sua região íntima, a vagina. Duchas vaginais sem recomendação médica devem ser evitadas. A vagina possui um delicado equilíbrio e não necessita de limpezas, qualquer interferência, mesmo após relações sexuais, pode prejudicá-la.

A higienização da região íntima, então, é feita apenas na parte externa, a vulva (onde ficam os pequenos e grandes lábios). Nesta região, o recomendado é lavar apenas com água.

Mas se você sentir a necessidade do uso de sabonete, deve usá-lo apenas uma vez por dia e deve escolher um sabonete (íntimo ou não) que seja hipoalergênico, tenha o PH adequado e não bactericida, para não acabar com as bactérias naturais da sua vulva. Uma dica para quem possui mais irritabilidade na área é usar sabonetes com glicerina.

5. E agora: tive um orgasmo ou não?

‍O ápice do prazer sexual pode ser um mistério para uma boa parte das mulheres. Segundo uma pesquisa feita pela pesquisa pela Prazerela, apenas 36% das mulheres têm orgasmo durante o sexo com um parceiro ou parceira, enquanto 74% declara que a masturbação é o melhor caminho para o orgasmo.

Neste cenário, podemos dizer que é para saber se seu corpo atingiu ou não o orgasmo, é essencial se conhecer. Para cada pessoa, a sensação do orgasmo pode variar, mas listamos alguns indícios de que você está quase lá. Olhe só:

  • Contração muscular da região genital (clitóris, vagina, útero) e até da região anal;
  • Uma sensação de contração de todo o corpo, até com arrepios;
  • Aumento súbito da lubrificação vaginal e, no sexo com penetração, o movimento acontece com mais facilidade;
  • Os mamilos podem ficar endurecidos e sensíveis.

Lembre-se: como já vimos nos dados acima, o melhor caminho é o autoconhecimento. Então, toque-se e descubra o que dá prazer ao seu corpo. 

6. Posso ter relações sexuais durante a menstruação?

Não há problemas que impeçam as relações sexuais neste período. Então, caso você e seu parceiro ou parceira estejam confortáveis, está liberado. No entanto, vale recordar que se mantém necessário o uso de preservativo, para evitar tanto possíveis ISTs, quanto gravidez, já que algumas mulheres podem ovular até neste período.

7. Quem nunca teve relações sexuais pode usar absorvente interno?

Primeiro vamos lembrar que há ainda uma ideia ultrapassada e equivocada de que a virgindade está ligada à presença ou não do hímen. Porém, mesmo com a presença do hímen (membrana fina que fica na entrada da vagina) há uma passagem para a menstruação, onde pode ser inserido o absorvente interno.

Sim, mulheres virgens podem usar este tipo de absorvente, caso seja sua preferência. Se você ainda tem alguma dúvida sobre o assunto e as melhores opções para você, procure um ginecologista da Cia. para te ajudar!

Alguma das respostas te surpreendeu? Nós avisamos… Agora você já sabe, com os profissionais aqui da Cia. você pode se abrir e tirar todas as suas dúvidas. Afinal, quando o assunto é saúde, não existem perguntas simples demais ou bobas. Se você notar qualquer mudança no seu organismo, não hesite em agendar a sua conversa com um de nossos especialistas. Estamos aqui para ajudar você a viver uma saúde melhor!

Gostou deste artigo? Experimente ler também: Saúde da Mulher: Guia Completo para Você e 6 Dicas de como aliviar os sintomas da TPM.


Conteúdo elaborado em colaboração com a ginecologista e obstetra Stephanie Feitosa | CRM 179218 / RQE 92246.

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Por: Cia da Consulta

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