Você talvez conheça o urologista como médico de homem.
Não que seja um raciocínio equivocado, já que o público masculino tem mesmo nesse especialista o principal guardião da saúde. Mas você sabia que ele também atende mulheres? Sim, é verdade.
Conforme você conhece mais sobre essa profissão e entende o que um urologista faz e para que serve a consulta com ele, mais você se afasta de potenciais ameaças ao sistema urinário.
Rins, bexiga, uretra e próstata são algumas áreas do corpo que recebem a atenção desse especialista.
Ou deveriam receber, se considerarmos que, para cada oito consultas ginecológicas por mulheres, ocorre apenas uma visita ao urologista por homens, segundo dados do Ministério da Saúde. Número alarmante, não é mesmo?
É preciso compreender que qualquer desordem ou doença urológica pode afetar a rotina diária do indivíduo, prejudicando as suas habilidades e, em alguns casos, até mesmo ameaçando a sua vida.
Como ignorar, então, a necessidade de ir ao médico regularmente?
A razão para essa falta de acompanhamento pode estar em barreiras psicológicas ou no desconhecimento.
Se esse for o caso, vamos dar a nossa contribuição para mudar a realidade.
A partir de agora, você vai conferir um artigo completo sobre o urologista, o médico que cuida da saúde do homem e também da mulher.
Está na hora de quebrar barreiras e de marcar a sua consulta.
Boa leitura!
O que é a Urologia especialidade?
A urologia é uma especialidade da Medicina que cuida do trato urinário de homens e mulheres, e também do sistema reprodutor masculino.
Por essa razão, ficou popularmente conhecida como a especialidade do médico de homem.
Os profissionais especializados nessa área são chamados de urologistas, sendo capazes de diagnosticar, tratar e acompanhar pacientes com distúrbios urológicos.
Dentro da urologia, os médicos estudam vários órgãos, sendo os principais deles: rins, ureteres, bexiga urinária, uretra, testículos, epidídimos, ducto deferente, vesículas seminais, próstata e pênis.
As glândulas adrenais, localizadas acima dos rins, também passaram a fazer parte do rol dessa especialidade por causa do aspecto cirúrgico das doenças tumorais das supra-renais.
Dessa forma, em casos de indicação de cirurgia para o tumor de supra-renal, o endocrinologista deve encaminhar o paciente para um urologista.
O que faz um Urologista (médico de homem)?
Como já explicado, o urologista é o responsável por cuidar não apenas dos órgãos reprodutores masculinos, mas também tratar o sistema urinário de homens e mulheres.
Dessa forma, ele é responsável por investigar, diagnosticar e recomendar o tratamento adequado a uma série de doenças e condições de saúde.
Entre elas, podemos citar:
- Pedra nos rins
- Dificuldade de urinar
- Incontinência urinária
- Infecção urinária
- Inflamação no trato urinário
- Impotência sexual
- Ejaculação precoce
- Infertilidade
- Varicocele.
Observe nessa lista que há problemas de saúde exclusivos do homem, como a varicocele, que se manifesta com a dilatação anormal de veias nos testículos.
Ao mesmo tempo, há vários outros que podem atingir tanto o público masculino quanto feminino.
É o caso de pedras nos rins, por exemplo, assim como das infecções urinárias, que são muito mais comuns em mulheres.
Ainda sobre o urologista, vale dizer que é ele quem realiza a prevenção, o diagnóstico, e o tratamento de tumores relacionados ao trato urinário, como bexiga e rins, e também no sistema reprodutor masculino, como testículo e próstata.
Lembrando que, em se tratando de tumores malignos, a condição se configura como câncer.
Andrologista x Urologista
Ainda falando sobre a especialidade médica, você talvez já tenha ouvido falar também do andrologista e, quem sabe, confundido com o urologista.
Mas não são o mesmo tipo de profissional.
A diferença entre andrologia e urologia é bastante pontual.
Um andrologista nada mais é do que um urologista especializado no sistema reprodutor masculino.
Ele recebe essa especialização só depois de ter se formado em Medicina e ter feito residência e possuir certificação em urologia.
Como o andrologista possui a mesma formação “base” que o urologista, ele também pode tratar de problemas relacionados ao trato urinário.
Porém, sua maior área de atuação é a infertilidade e as soluções para essa condição, assim como a impotência masculina, a ejaculação precoce, além das cirurgias de vasectomia.
Já os urologistas, além de cuidarem do trato urinário de homens e mulheres, também tratam doenças malignas da próstata, testículos, bexiga e cânceres.
Quando e por que ir a um Urologista?
Muitos homens esperam para ir ao médico somente quando já estão doentes.
Nem seria preciso dizer o quanto isso é errado.
Vale para todas as áreas da saúde, incluindo a urologia.
É importante saber que o acompanhamento urológico deve ser feito em todas as faixas etárias, tendo como principal objetivo a prevenção de doenças mais sérias.
Os adolescentes entre os 12 e 18 anos devem ir ao urologista para avaliar o desenvolvimento dos órgãos genitais e prevenir as doenças sexualmente transmissíveis (DST’s).
Já os jovens de 20 a 40 anos devem começar a prevenção do câncer de próstata que pode aparecer logo após esse período.
Os homens entre os 40 e 50 anos, por sua vez, precisam consultar o urologista anualmente para prevenir o câncer de próstata, principalmente se houver casos dessa doença na família.
Nessas consultas, é realizado o toque retal, para verificar alterações na glândula do sistema genital masculino.
Para esse público, com 50 anos de idade ou mais, é importante ir ao urologista não apenas para prevenir o câncer de próstata, mas também para tratar outras adversidades que costumam surgir a partir dessa idade, como problemas nos rins e bexiga, e disfunções sexuais.
Além disso, sempre que o homem ou a mulher apresentar sintomas que envolvam o trato urinário, como dor nos rins, dificuldade para urinar ou dor durante as relações sexuais, ele deve buscar uma consulta com um urologista.
Como é a primeira consulta a um Urologista
A primeira consulta com um urologista é cercada de expectativas e até preocupações, especialmente por parte do homem, que nem sempre tem na consulta médica uma rotina.
Mas não há o que temer.
Apesar de a dificuldade em relatar problemas relacionados aos órgãos tratados por um urologista, o paciente deve fornecer informações completas e precisas para que seja possível identificar com mais facilidade o problema e as suas possíveis causas.
Entre outras questões abordadas pelo profissional, é possível que o médico faça perguntas sobre:
- A vida sexual do paciente, se está tendo dificuldades de ereção, desconforto durante as relações sexuais ou outros problemas do tipo
- Os hábitos urinários, se possui alterações de cor, odor e a frequência com que vai ao banheiro
- Comorbidades, ou seja, se o indivíduo realiza algum tipo de tratamento com um médico de outra especialidade
- Uso de drogas ou medicamentos
- Dores e desconfortos na região no trato urinário e lombar
- Hábitos alimentares e a quantidade de líquido que é ingerida por dia.
Depois de esclarecidos todos esses pontos, o urologista parte para a avaliação clínica do paciente.
Ele poderá fazer um exame físico e testes laboratoriais e de imagem para confirmar ou afastar hipóteses diagnósticas.
É importante saber que o médico jamais fará qualquer julgamento a respeito de tudo o que o paciente disser na consulta. O maior interesse dele é a sua saúde.
DST’s Masculinas
As doenças sexualmente transmissíveis são uma das principais razões que motivam a ida ao urologista.
Elas apresentam sintomas como aparecimento de feridas ou verrugas na região íntima, coceira e secreção no pênis e ardor ao urinar.
Somente um urologista pode identificar essas doenças e prevenir complicações.
Agora, você vai conhecer as principais DST’s masculinas.
Candidíase
A candidíase surge devido ao crescimento exagerado do fungo Candida albicans e causa sintomas como coceira, vermelhidão e dor no pênis, principalmente durante o contato íntimo.
Porém, o fungo também pode se desenvolver na boca, com a prática do sexo oral desprotegido, e causar sintomas como dor de garganta, mau hálito ou placas esbranquiçadas nas bochechas, gengivas e garganta.
HPV
Causado pelo papiloma vírus humano, o HPV tem como principal sintoma o surgimento de verrugas no pênis, no escroto ou no ânus.
Em caso de contato com as secreções dos parceiro infectado, é possível que os sinais também afetem a boca e a garganta.
Herpes Genital
A herpes genital é bastante comum e causa sintomas como dor ao urinar, mal-estar generalizado, coceira, febre e aparecimento de bolhas e pequenas feridas na região íntima.
Gonorreia
Os sintomas da gonorreia aparecem cerca de um a três dias após o contato íntimo desprotegido e incluem febre baixa, corrimento amarelado e dor ou ardor ao urinar.
Em caso de relações orais ou anais, também podem surgir inflamação na garganta ou inflamação no ânus.
Sífilis
A sífilis é uma doença cujos sintomas dependem do estágio em que ela se apresenta. Mas, normalmente, ocorre o surgimento de feridas na região íntima, caroços doloridos no pescoço, dor de cabeça, febre e mal-estar generalizado.
HIV
O HIV (ou vírus da Aids) pode se manifestar através de febre, mal-estar e dor de cabeça, sendo comumente confundidos com uma gripe.
Os sintomas surgem cerca de 21 dias depois da contaminação, porém só voltam a aparecer após oito a 10 anos.
Neste período, os pacientes podem apresentar emagrecimento rápido, diarreia, manchas vermelhas na pele e cansaço.
Impotência Masculina
A impotência masculina, também conhecida como disfunção erétil, pode ser sinal de uma doença física ou psicológica que pode abalar a autoestima e gerar estresse no relacionamento.
Ela é caracterizada pela dificuldade ou incapacidade em ter ou manter uma ereção do pênis que permita a relação sexual.
Seus sinais são mais comuns em homens que têm entre os 50 e os 80 anos de idade.
Algumas das causas mais comuns são: alcoolismo, obesidade, uso de drogas, cigarro, problemas psicológicos, uso excessivo de certos medicamentos e doenças crônicas.
Entre os principais sintomas da disfunção erétil, além da dificuldade de conseguir ou manter uma ereção, estão:
- Maior esforço para manter a ereção
- Redução do tamanho do órgão sexual
- Ereção menos rígida e mais flácida
- Diminuição de pelos no corpo
- Ejaculação mais rápida que o habitual
- Dificuldade em manter relações sexuais em algumas posições específicas.
Para que o urologista consiga diagnosticar a impotência sexual, é preciso que o paciente relate de forma detalhada todas as dificuldades sentidas durante o contato íntimo e também informe outras possíveis causas.
O médico, então, pode realizar um exame físico e também pedir a realização de testes complementares para avaliar os níveis dos lipídios, açúcares e testosterona no organismo, pois eles podem ajudar a identificar o problema.
A disfunção erétil pode ser tratada de diversas formas, porém a abordagem depende da causa.
Algumas das opções são o uso de remédios, uso de aparelhos de vácuo, terapia de reposição hormonal e cirurgia para implantação de prótese.
Câncer de Próstata
Esse tipo de câncer afeta a próstata, glândula que fica abaixo da bexiga e que envolve a uretra (canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis).
Na maioria dos casos, o câncer de próstata acomete homens acima de 40 anos e pode ser curado quando ainda está localizado.
Já em estágios mais avançados, o risco de sobrevida é bem menor.
Como na fase inicial os pacientes não costumam apresentar sintomas relevantes, é muito importante que o homem realize consultas de rotina com o urologista, para que o câncer seja diagnosticado precocemente.
Quando ocorrem, os sintomas podem ser: dificuldade de urinar, urina em gotas, presença de sangue no sêmen e impotência sexual.
O tratamento do câncer de próstata varia de acordo com o estágio da doença, podendo incluir cirurgia, radioterapia e uso de hormônios.
Em alguns casos mais avançados, geralmente são utilizados dois métodos de tratamento, sendo muitas vezes necessário retirar a próstata e também os testículos.
Para que serve e como é feito o exame de toque no homem?
O exame de toque é essencial para a detecção precoce do câncer de próstata, porém ele ainda é visto como um tabu por muitos homens.
Para realizar o exame de toque, o médico urologista coloca uma luva descartável com lubrificante e introduz o dedo indicador no reto.
Em alguns casos, para facilitar o movimento da mucosa anal, o especialista pode pedir que o paciente faça uma força similar à de defecar.
A examinação é rápida e indolor, e, para que não cause nenhum desconforto, o paciente precisa estar o mais relaxado possível.
Além de detectar o câncer de próstata, o exame de toque também identifica tumores e feridas na região anorretal, prostatite, fissura e fístula anal.
13 mitos sobre a Urologia
Muitos são os mitos que envolvem esse universo, então, resolvemos esclarecer alguns deles.
Vamos lá?
1. O exame de toque dói
Não é verdade.
Ele até pode causar certo incômodo, principalmente se o homem não está relaxado, mas normalmente o processo é rápido e indolor.
2. A disfunção erétil atinge apenas homens acima de 40 anos
Também não procede.
Em qualquer idade, o homem pode ter disfunção erétil, porém é verdade que as chances aumentam conforme ele envelhece.
3. A ejaculação precoce não tem cura
Não é nada disso.
Essa condição tem tratamento, sim. Ele é baseado em medicamentos, psicoterapia ou ainda técnicas comportamentais, para diminuir a ansiedade do paciente.
4. Os exames de imagem podem detectar tumores na próstata
Não é bem assim.
Como o tumor de próstata possui diversos pontos, sem ter um foco concentrado, ele é mais fácil de ser diagnosticado pelo toque do urologista.
5. Durante o exame de toque o paciente fica em posição ginecológica
Fica à critério do paciente.
O urologista o deixa à vontade para se deitar de lado, por exemplo, e se sentir mais confortável.
6. Não é preciso fazer biópsia para confirmar o câncer de próstata
Esse é um mito perigoso.
Apesar de o exame de toque ser mais indicado para o diagnóstico do tumor, somente uma biópsia pode confirmar a sua existência e a sua gravidade.
7. Todos os tumores de próstata precisam ser tratados
Felizmente, não é verdade.
Alguns tumores progridem muito lentamente e precisam apenas ser acompanhados pelo especialista.
8. Todo o paciente que opera a próstata fica com um grau de impotência ou incontinência urinária
Não é uma regra.
Os índices de sequelas são muito baixos.
A disfunção erétil atinge cerca de 10% dos pacientes e a incontinência urinária apenas 3%.
9. Quem faz o exame PSA não precisa realizar o toque retal
Um exame não dispensa o outro.
O exame de PSA mede o nível de antígeno prostático específico no sangue, porém somente ele não é suficiente para detectar anormalidades da próstata.
10. A urologia é uma especialidade para atender somente homens
Essa você já sabe agora, não é?
As mulheres também podem procurar um urologista em casos de cálculos renais, infecção urinária, incontinência urinária, prolapso genital e tumor de rim ou bexiga.
11. A vasectomia pode causar alguma disfunção sexual
É mito!
Ela não causa nenhum tipo de alteração, nem no aspecto do esperma e nem na sensibilidade e na ereção.
12. O câncer de próstata sempre apresenta sintomas
A falta de sintomas é justamente um dos problemas da doença.
Em estágio inicial, quando as chances de cura chegam a 90%, a doença não apresenta qualquer sinal.
13. O sedentarismo nada tem a ver com o desenvolvimento do câncer de próstata
Tem bastante a ver, na verdade.
O sedentarismo e a obesidade estão diretamente relacionados com alterações metabólicas que podem levar a disfunções moleculares responsáveis pelo desenvolvimento da doença.
Conclusão
Agora que você já compreendeu a importância de procurar um urologista, não pode deixar de agendar uma consulta para saber como anda a saúde do seu corpo, principalmente do trato urinário, em homens e mulheres, e do aparelho reprodutor masculino.
Se você já tem mais de 40 anos ou possui histórico familiar de câncer de próstata, não espere aparecer os sintomas para procurar um especialista.
Como em estágio inicial a doença é silenciosa, você pode correr um sério risco.
Não tenha medo ou preconceito de ir ao urologista.
A sua saúde vale muito mais do que isso.
A Cia da Consulta o aproxima de especialistas por preços acessíveis.
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