Conheça tudo sobre essa DST que pode ser muito perigosa se não tratada.

Você provavelmente já ouviu falar em sífilis, mas sabia que ela pode atingir uma pessoa sem manifestar nenhum sintoma?  Ela é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada por uma bactéria, é altamente contagiosa através de relações sexuais desprotegidas e pode ter diferentes tipos e fases.

A Sífilis se manifesta através de vários sintomas e também pode não apresentar sintoma nenhum e ficar latente no organismo, o que causa ainda mais complicações pois pode ser descoberta tardiamente e já não ter cura.

Se descoberta na sua fase primária, pode ser tratada com penincilina e tem muitas chances de cura.

Aqui você vai conhecer os tipos e estágios da sífilis, como ela se manifesta e como fazer a prevenção.

O que é sífilis?

É um tipo de doença sexualmente transmissível (DST) causada pela bactéria Treponema pallidum e que pode atingir homens e mulheres. Ela é conhecida por ser uma doença silenciosa, que fica no organismo e só começa a manifestar seus sintomas quando já está em fases agravantes, por isso são necessários os cuidados.

A sífilis pode não provocar sintomas e ficar latente no organismo.

A doença costuma apresentar diferentes tipos e fases como sífilis primária, secundária e terciária, que são intercalados em períodos latentes e que apresentam sintomas específicos de acordo com a fase em que a doença se encontra.

De acordo com dados do Ministério da saúde, entre os anos de 2015 e 2016, a sífilis adquirida teve um aumento de 27,9%; em gestantes, de 14,7%; e a congênita (transmitida da mãe para o bebê pela placenta ou no momento do parto) de 4,7%. Em 2017 esse número voltou a crescer, o que é bastante preocupante e requer maior cuidado e prevenção.

Como a Sífilis é Transmitida?

A sífilis geralmente é transmitida via contato sexual e no corpo de uma pessoa sadia por meio de pequenos cortes que essa pessoa possa ter na pele ou por membranas mucosas a partir de um contato com uma pessoa contaminada.

A doença só é contagiosa nos estágios primário e secundário e, às vezes, durante o início do período latente. Ela também é uma doença congênita, pode ser passada da mãe para o bebê durante a gravidez ou durante o parto.  A sífilis raramente pode ser transmitida por meio do beijo.

Alguns fatores podem ser considerados de risco para o contágio da sífilis, entre eles estão:

– Manter relações sexuais desprotegidas com uma ou mais pessoas;

– Estar infectado pelo vírus HIV, causador da Aids.

Tipos de Sífilis

Pode ser classificada de acordo com o seu estágio de infecção, como:

Primária

Feridas em todo o corpo, inclusive nas mãos é um dos sintomas.

A chamada sífilis primária é a que ocorre logo quando a pessoa é infectada pela bactéria Treponema pallidum. A sífilis primária inicia cerca de três a quatro dias após o contágio com uma pessoa contaminada.

Os sintomas iniciais são a formação de feridas indolores (cancros) no local da infecção, que é geralmente na região genital, esses sintomas muitas vezes podem não ser observados, principalmente se surgirem no reto ou no colo do útero. O que faz com que a doença passe despercebida e o paciente não busque tratamento.

Quando aparecem, as feridas da sífilis costumam desaparecer em cerca de até 10 dias, mesmo sem tratamento. A bactéria torna-se inativa no organismo nesse estágio, podendo voltar em outro momento.

Secundária

A sífilis secundária ocorre por volta de duas a oito semanas após as primeiras feridas se formarem. Nesse estágio, o paciente pode apresentar sintomas como vermelhidão pelo corpo, coceira, aparecimento de íngua (gânglios inchados) nas axilas e pescoço, dores musculares, febre, dor de garganta e dificuldade para engolir.

Vermelhidão pelo corpo são sintomas característicos da sífilis secundária.

Esses sintomas geralmente somem sem tratamento após cerca de duas semanas. A bactéria volta a ficar inativa no organismo, mais uma vez. Nesta fase o vírus ainda é transmissível ao se entrar em contato com a região onde está a infecção.

Este é o tipo de sífilis mais difícil de ser detectado, pois seus sintomas podem atingir grandes vasos como a artéria aorta, cérebro, olhos, coração, podendo chegar até mesmo ao sistema nervoso. Nesses casos ela causa dor de cabeça e epilepsia, o que pode dificultar o diagnóstico ao confundi-los com outras doenças.

Cerca de 33% das pessoas que não trataram a sífilis primária desenvolvem o segundo estágio.

Terciária

A sífilis terciária surge em pessoas que não conseguiram combater espontaneamente a doença na fase secundária ou que não fizeram o tratamento adequado. Neste estágio, a doença apresenta vários sintomas que costumam surgir depois de 10 a 30 anos da infecção inicial, geralmente quando o indivíduo não é tratado, como:

– Meningite;

AVC;

– Sintomas de demência;

– Perda de coordenação;

– Formigamento;

– Cegueira ou problemas de visão;

– Problemas cardiovasculares;

Para evitar que a sífilis chegue nesse estado e possa causar complicações em outros órgãos do corpo, deve-se fazer o tratamento logo após o surgimento dos primeiros sintomas.

Sífilis latente

Nesse período a sífilis não costuma manifestar sintomas e acontece quando o estágio da doença se encontra em estágio inativo. A doença pode se manifestar e perdurar por muito tempo sem que a pessoa sinta nada, ela também pode nunca se manifestar no organismo, mas pode ser que ela se desenvolva para o estágio terciário, o mais grave entre todos.

Sífilis na gravidez

A sífilis na gravidez pode ser perigosa para o bebê.

A sífilis também pode ocorrer durante a gravidez e pode prejudicar o bebê, principalmente quando a grávida não faz o tratamento há um grande risco do bebê contrair sífilis através da placenta, podendo desenvolver graves problemas de saúde como surdez, cegueira, problemas neurológicos e nos ossos.

A sífilis na gravidez é grave principalmente se estiver na fase inicial, a qual é mais transmissível, embora a contaminação possa acontecer em qualquer fase da gestação. Caso a mulher tenho alguma ferida de sífilis  na região da vagina, o bebê também pode ser contaminado se o parto for normal.

Os riscos da sífilis na gravidez são:

  • Parto prematuro, morte fetal, bebê com baixo peso ao nascer,
  • Manchas na pele, alterações nos ossos;
  • Fissura perto da boca, síndrome nefrótica, edema,
  • Convulsões, meningite;
  • Deformação do nariz, nos dentes, na mandíbula, céu da boca;
  • Surdez e dificuldade de aprendizado.

Sífilis congênita

A sífilis também pode ser do tipo congênita, um estado onde a mãe infectada transmite a doença para o filho durante a gravidez através da placenta. Quando um bebê é infectado dessa forma, geralmente não apresenta nenhum sintoma da doença.

Alguns bebês porém podem ter rachaduras nas palmas das mãos e nas solas dos pés. Durante seu crescimento, a criança pode desenvolver sintomas mais graves como surdez e algumas deformidades nos dentes.

Sintomas de Sífilis

A sífilis é uma doença que se desenvolve em diferentes estágios e os sintomas variam conforme esses estágios ou a doença evoluem. As fases não ocorrem respectivamente numeradas, elas podem ultrapassar as outras e algumas costumam não ocorrer. Os sintomas, entretanto, podem seguir ou não uma ordem, isso depende de pessoa para pessoa.

Conheça um pouco mais dos sintomas referentes aos diferentes estágios:

Sintomas da sífilis primária

Feridas indolores são o principal sintoma da sífilis em sua primeira fase.

Nessa primeira fase o principal sintoma a se manifestar é a formação de feridas indolores no local da infecção. Essas feridas nem sempre podem ser observadas assim como os sintomas, principalmente se elas se manifestarem no reto ou no colo do útero. As feridas costumam desaparecer por volta de quatro a seis semanas depois, mesmo sem tratamento.

Sintomas da sífilis secundária

Na sífilis secundária que ocorre por volta de duas a oito semanas após as primeiras feridas se formarem, os principais sintomas a se manifestarem são:

– Vermelhidão da pele, que pode se estender até para as mãos;

– Aparecimento de gânglios inchados nas axilas e pescoço;

– Dores musculares;

– Febre;

– Dor de garganta;

– Dificuldade para engolir;

– Aumento do fígado e baço.

Sintomas da sífilis terciária

As feridas da sífilis surgem na boca e em várias partes do corpo de acordo com os sintomas.

Esse estágio da sífilis surge quando a doença não foi tratada antes e ataca outras regiões do corpo como grandes vasos (como a aorta), cérebro, olhos, coração, juntas e até mesmo o sistema nervoso. Os sintomas da sífilis terciária variam muito e podem provocar doenças graves, podendo incluir:

  •         Lesões grandes que se espalham na pele, boca e nariz;
  •         Problemas em órgãos internos: coração, nervos, ossos, músculos, fígado e vasos sanguíneos;
  •         Dor de cabeça constante;
  •         Náuseas e vômitos frequentes;
  •         Rigidez do pescoço, com dificuldade para movimentar a cabeça;
  •         Convulsões;
  •         Perda das funções auditiva;
  •         Vertigem, insônia e AVC;
  •         Reflexos exagerados e pupilas dilatadas;
  •         Delírios, alucinações, diminuição da memória recente, da capacidade de orientação, de realizar cálculos matemáticos simples e de falar quando há paralisia geral.

Sintomas da sífilis latente

Esse é o período correspondente ao estágio em que a sífilis se encontra inativa e, portanto, não gera sintomas.

Sintomas da sífilis congênita

A maioria dos bebês que nasce infectado pela sífilis não costumam apresentar nenhum sintoma da doença. Algumas, no entanto, podem ter feridas na pele, especialmente nas palmas das mãos e nas solas dos pés. E de acordo com o seu crescimento, a criança, pode desenvolver sintomas mais graves como a perda de audição e deformidades nos dentes.

Sífilis tem cura?

Quando a sífilis é diagnosticada precocemente e ainda em seus estágios iniciais como o primário e secundário, a sífilis pode ser tratada com penicilina e tem altos índices de cura.

Quando já é diagnosticada na fase terciária, o tratamento fica mais difícil visto que é preciso localizar onde a bactéria está alojada. E ainda assim, as perspectivas de cura são altas.

É importante que o casal exames e tratamento para a sífilis caso ela ocorra.

Nos casos de sífilis congênita, é importante que a criança seja tratada desde que nasce para evitar complicações mais graves durante o seu crescimento.

Uma vez curada, a sífilis pode não  reaparecer – a não ser que a pessoa seja reinfectada por alguém que esteja contaminado devido ao seu sistema imunológico estar baixo.

Se você teve uma relação sexual desprotegida com algum portador de sífilis ou mesmo com uma pessoa que você não conheça, procure imediatamente um médico para que ele possa fazer os exames necessários e acertar no diagnóstico já que a sífilis pode não apresentar sintomas ou eles podem ser similares aos de outras doenças.

Tratamento de Sífilis

A Sífilis têm tratamento e cura quando diagnosticada precocemente e quando começa logo a ser tratada, costuma não causar maiores danos à saúde do paciente que costuma se recuperar rapidamente com um tratamento correto.

O tratamento que costuma ser feito pelos médicos é a base do antibiótico penicilina, que é comprovadamente eficaz contra a bactéria que provoca a doença. Uma única injeção dessa substância já é o bastante para impedir que a doença tenha progressão, principalmente se for aplicada logo no primeiro ano após a infecção. Caso não haja melhora, o paciente poderá precisar de mais uma dose da injeção.

A penicilina também é o único tratamento indicado por especialistas para as mulheres grávidas que são diagnosticadas com sífilis. E é importante saber que mesmo que o tratamento durante a gravidez seja bem sucedido, o bebê também deverá ser tratado com antibióticos logo após o seu nascimento.

Exames de sangue podem identificar a presença de sífilis.

Por ser um antibiótico forte, a penincilina pode causar algumas reações durante o tratamento é sentir os que os médicos chamam de reação de Jarisch-Herxheimer , que provoca uma série de sintomas, como febre, calafrios, náuseas, dores nas articulações e dor de cabeça.

Esses sintomas porém costumam durar somente um dia, logo após a aplicação.

É necessário que durante o tratamento da sífilis, o paciente faça visitas regulares ao médico para garantir que o andamento do tratamento siga da melhor forma.

Ao ter uma relação sexual desprotegida, é importante que você procure um médico em uma dessas especialidades para fazer o diagnóstico correto, como:

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Para garantir um tratamento eficaz é necessário que o paciente faça a realização de exames de sangue para acompanhamento sendo após três, seis, 12 e 24 meses após o início do mesmo, para garantir que não há mais infecção no organismo.

Outro exame que pode ser solicitado pelos médicos é um teste específico para HIV, para garantir que o paciente não desenvolverá complicações mais graves por causa do vírus da Aids caso tenha a doença.

Enquanto estiver fazendo o tratamento é necessário suspender as atividades sexuais até os exames mostrarem que a infecção foi curada.Como a Sífilis é extremamente contagiosa por meio do contato sexual nos estágios primário e secundário é importante se abster para não provocar contaminação.

Para tratamento da sífilis congênita, ou seja, contraída na gravidez geralmente, é importante que o parceiro também faça o tratamento e que a grávida não tenha contato íntimo sem camisinha até o final do tratamento e a comprovação que ambos estão curados.

Prevenção

Para prevenir a Sífilis é importante usar preservativo em todas as relações sexuais. A camisinha ajuda não só na prevenção dessa doença, mas também de outras doenças sexualmente transmissíveis (DST’s).

O uso de preservativo é o melhor método de prevenir a sífilis e outras DST’s.

A prática de relações sexuais com pessoas distintas também aumenta o risco de contrair a doença, por isso é importante o uso do preservativo em todas as relações pois nem sempre a pessoa sabe que está contaminada, o vírus pode estar adormecido no organismo e ser transmitido para o parceiro.

Durante o tratamento da sífilis outros cuidados também são importantes como:

  • Evitar relações sexuais até que a infecção esteja curada;
  • Beber muita água e cuidar do sistema imunológico;
  • Alimentar-se bem para fortalecer a imunidade;
  • Avisar seus parceiros sexuais sobre o diagnóstico, para que eles também possam fazer os exames.

Conclusão

A sífilis pode atingir homens e mulheres com vida sexual ativa e causar grandes transtornos se não for tratada.

Vimos que a sífilis é uma doença sexualmente transmissível provocada pela bactéria Treponema pallidum. Ela é altamente contagiosa e basta um contato com alguém contaminado para a pessoa adquirir a doença.

A doença possui diversas fases e cada uma delas sintomas diferentes em diversas partes do corpo. Em algumas fases, os sintomas não se manifestam e podem ficar latentes no corpo, o que pode ser mais perigoso pois a pessoa pode não saber que está doente e quando a doença se manifesta pode ser tarde e não ter cura mesmo fazendo o tratamento.

Se descoberta nos estágios iniciais, é possível fazer um tratamento e curar a doença. Por isso é importante que se você teve alguma exposição sexual sem usar preservativo, procure um médico e faça exames para o diagnóstico da sífilis.

A contaminação por sífilis vem crescendo no Brasil e pode atingir homens e mulheres de todas as idades com vida sexual ativa. Use preservativo em todas as relações sexuais e evite a multiplicidade de parceiros para evitar a contaminação. Cuide-se e previna-se dessas e de outras DST’s.

Se você conhece alguém com os sintomas de sífilis e que precise de um médico rapidamente, agende sua consulta aqui.

Leia as nossas dicas  e aproveite para se prevenir de doenças. E lembre-se de sempre procurar um médico para fazer um tratamento adequado para a sua saúde. Se quiser conhecer outras dicas de prevenção e cuidados leia esses textos.

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Por: Cia da Consulta

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