Saiba mais sobre a doença que se caracteriza pelo acúmulo excessivo de gordura corporal
A obesidade é um doença crônica que pode ocorrer em pessoas de qualquer idade. No Brasil, a quantidade de pessoas nessa situação cresce cada vez mais, devido a alimentação desregulada e consumo excessivo de alimentos calóricos, como fast food e comidas prontas, além do sedentarismo.
Com isso, a quantidade de calorias consumidas passa a ser maior do que a quantidade que a pessoa gasta ao longo do dia, aumentando a gordura corporal e causando o acúmulo de gorduras. Aqui você vai saber mais sobre o problema, tipos, causas, prevenção e tratamento.
Boa leitura!
O que é Obesidade?
A obesidade é quando uma pessoa apresenta excesso de peso caracterizado pelo acúmulo de gordura no corpo, o que, geralmente, é causado por fatores como sedentarismo e consumo exagerado de alimentos ricos em gordura e em açúcar. A obesidade pode provocar diversos problemas à saúde da pessoa como o desenvolvimento de doenças como diabetes, pressão alta, colesterol elevado, infarto ou artrose dos ossos, além de sintomas como dificuldades para fazer esforços, indisposição e até mesmo baixa auto-estima.
Para identificar a obesidade, os médicos utilizam o IMC (índice de massa corpórea), um cálculo que faz a análise do peso da pessoa em relação à sua altura que pode ser classificado em vários graus e apontar o problema.
Tipos
A obesidade pode ser classificada em vários tipos de acordo com o peso e também com a localização e distribuição da gordura pelo corpo. A partir disso temos:
1. Obesidade abdominal
Ocorre quando a gordura se concentra principalmente no abdômen e na cintura, podendo também estar distribuída pelo peito e rosto. Este tipo também é conhecido como obesidade em forma de maçã, devido à silhueta da pessoa ter uma semelhança com esta fruta. Esse tipo costuma ser mais comum em homens, mas algumas mulheres também podem apresentar.
Este tipo está associado com o grande risco de desenvolvimento de outras doenças cardiovasculares como colesterol alto, doenças cardíacas, infarto, além de diabetes, inflamação e trombose.
2. Obesidade periférica
Neste tipo a gordura se localiza mais nas coxas, quadris e nádegas, e é conhecido como obesidade em pêra, e a silhueta do corpo da pessoa também fica semelhante a essa fruta. Também pode ser chamada de obesidade ginóide e costuma ser mais comum em mulheres.
A obesidade periférica está associada a problemas circulatórios, como insuficiência venosa e varizes, e osteoartrite nos joelhos, também pode aumentar o risco de doenças cardíacas e diabetes.
3. Obesidade homogênea
Ocorre quando há uma predominância da gordura em uma área localizada no corpo, pois o excesso de peso está distribuído pelo corpo. Esse tipo pode ser perigoso, devido não haver um grande impacto na aparência física como acontece nos outros tipos e a pessoa pode então se descuidar e evoluir o quadro do problema.
Sinais e sintomas da obesidade
O excesso de gordura que se acumula no corpo pode ter efeitos negativos na saúde e causar alguns sinais e sintomas desconfortáveis, como:
- Falta de ar e dificuldades respiratórias que ocorre devido à pressão do peso abdominal sobre os pulmões;
- Dores no corpo, localizadas principalmente nas costas, pernas, joelhos e ombros, devido ao excesso de esforço que o corpo faz para suportar o peso;
- Dificuldade para fazer caminhadas ou demais esforços (devido ao excesso de peso e descondicionamento do corpo);
- Problemas de pele como dermatites e infecções fúngicas, que ocorrem devido ao acúmulo de suor e sujeira nas dobras do corpo. Manchas escuras, principalmente no pescoço, axilas e virilhas, que ocorrem devido a uma reação causada pela resistência insulínica, ou pré-diabetes;
- Alterações hormonais e dificuldades para o fluxo sanguíneo nos vasos, que podem causar impotência e infertilidade;
- Roncos noturnos e apneia do sono, devido ao acúmulo de gordura no pescoço e nas vias respiratórias;
- Aumento da tendência a varizes, úlceras venosas, devido a alterações nos vasos e circulação sanguínea;
- Ansiedade e depressão, que são geradas a partir da insatisfações com a imagem corporal e compulsão alimentar.
Além desses problemas, a obesidade é uma causa determinante de diversas doenças, como por exemplo doenças cardiovasculares, como pressão alta, infarto, AVC, trombose, e impotência, e algumas doenças metabólicas, como diabetes e colesterol alto.
Causas
A obesidade pode ser causada por vários fatores como os motivos, envolvendo fatores genéticos, ambientais, emocionais, outros problemas de saúde e doenças e estilo de vida. No geral, as principais causas da obesidade são:
- Ser inativo: Se você não tem um estilo de vida muito ativo, não queima calorias. Levando um estilo de vida sedentário, você pode facilmente ingerir mais calorias e acumular mais gordura;
- Ter uma dieta não saudável e hábitos alimentares ruins: O ganho de peso é inevitável se você comer regularmente mais calorias do que você queima. E a maioria das dietas dos americanos é muito rica em calorias e está cheia de fast food e bebidas de alto teor calórico.
Fatores de risco
Para uma pessoa se tornar obesa, geralmente ocorre uma combinação de causas e fatores como:
Genética
A quantidade de gordura corporal armazenada no corpo pode e a forma com que é distribuída, pode ser afetada pelos seus genes. Outro ponto é a forma com que o seu corpo pode converter alimento em energia e como as calorias são queimadas durante uma atividade ou exercício.
Entre os fatores genéticos está o estilo de vida familiar. Se um ou ambos os seus pais são obesos, o risco de ser obeso é aumentado. Isso não ocorre só por causa da genética. Os membros da família tendem a compartilhar hábitos alimentares e de atividade semelhantes o que aumenta o risco.
Sedentarismo
Se você leva um estilo de vida não muito ativo, você pode facilmente ingerir mais calorias todos os dias e acumular gordura. Por isso a importância de incluir exercícios e atividades diárias de rotina. Alguns problemas médicos, como artrite, pode levar à diminuição da atividade do corpo, o que contribui para a obesidade;
Manter uma dieta não saudável: Alimentação rica em calorias, com deficiência de frutas e vegetais, fast foods e carregada de bebidas hipercalóricas e em grandes porções, contribui para o ganho de peso;
Problemas médicos
Em algumas pessoas, a obesidade pode ser atribuída a síndromes ou doenças, como a síndrome de Prader-Willi, a síndrome de Cushing e outras condições.
Uso de medicamentos
Alguns medicamentos podem provocar ganho de peso se você a pessoa não praticar dieta ou atividade. Entre os medicamentos estão alguns antidepressivos, anticonvulsivos, antipsicóticos, medicamentos para diabetes, esteróides e beta-bloqueadores;
Idade
Pessoas de qualquer idade podem se tornar obesas, até mesmo crianças pequenas. Porém, à medida que uma pessoa envelhece, mudanças hormonais e um estilo de vida menos ativo contribuem para aumentar o risco de obesidade. Além disso, a quantidade de músculo do corpo tende a diminuir com a idade e a diminuição da massa muscular leva a uma redução do metabolismo. Essas mudanças também reduzem as necessidades de calorias e podem dificultar a manutenção do excesso de peso.
Gravidez
Na gravidez, a mulher tende a aumentar de peso de forma natural e necessária.Para algumas mulheres pode ser difícil perder peso depois que o bebê nasce e o ganho de peso durante esse período pode contribuir para o desenvolvimento da obesidade em mulheres;
Deixar de fumar
Parar de fumar pode ser frequentemente associado ao ganho de peso, tornando algumas pessoas obesas. A longo prazo, no entanto, parar de fumar ainda é um benefício maior para sua saúde do que continuar a fumar;
Aqui você encontra mais dicas de como parar de fumar.
Problemas no sono
Deixar de dormir o suficiente ou dormir demais pode causar alterações nos hormônios que aumentam o apetite, o que pode contribuir para o ganho de peso;
Mesmo que uma pessoa tenha um ou mais desses fatores de risco, isso não significa que ela está destinado a ter obesidade. É possível combater a maioria dos fatores de risco por meio de dieta, atividade física e mudanças de comportamento e rotina.
Prevenção
O ideal é que a obesidade seja prevenida principalmente quando uma pessoa possui fatores de risco e tem predisposição. Manter uma dieta equilibrada, levar uma vida em movimento com a prática de atividades e exercícios físicos e manter os cuidados com a saúde em dia são muito importantes para prevenir a obesidade.
Para a prevenção ou tratamento da obesidade, procure um clínico geral ou endocrinologista.
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Como saber se estou muito acima do peso
A principal forma de saber quando o aumento de peso pode ser obesidade, é a partir do cálculo do IMC, porém, além do aumento do peso, também é importante identificar os locais do corpo em que a gordura se deposita, diferenciando o peso em gordura do peso em músculos.
Para avaliar a massa de gordura do corpo e a sua distribuição, os médicos se utilizam dos seguintes métodos:
Medir a espessura das pregas cutâneas: faz a medição da gordura localizada nos depósitos debaixo da pele, calculando a quantidade de gordura interna;
Bioimpedância: esse exame analisa a composição corporal de uma pessoa, indicando a quantidade aproximada de músculos, ossos e gorduras do corpo.
Ultrassonografia, tomografia ou ressonância magnética: esses exames avaliam a espessura do tecido adiposo nas dobras, e também em tecidos mais profundos nas diferentes regiões corporais, como abdômen, por isso, são métodos importantes para avaliar a obesidade abdominal;
Medida da circunferência abdominal: mostra o depósito de gordura existente no abdômen e o risco de desenvolver obesidade abdominal. Quando a medida da cintura ultrapassa 94 cm no homem e 80 cm na mulher, a pessoa pode ser classificada com a obesidade abdominal;
Relação circunferência abdominal/quadril: mede e avalia as diferenças nos padrões de acúmulo de gordura nessas áreas e o risco para desenvolver obesidade, estando alto quando acima de 0,90 para homens e 0,85 para mulheres. Saiba como pode fazer a medida da relação cintura-quadril.
Essas avaliações e medidas devem ser feitas por um médico ou nutricionista, para então identificar corretamente a quantidade de gordura que a pessoa precisa eliminar e programar um tratamento ideal.
Como tratar a obesidade
O tratamento da obesidade deve ser feito a partir de um conjunto de práticas a serem realizadas no dia a dia como:
- Praticar exercícios físicos regularmente, sendo de preferência a orientação de um preparador físico;
- Realizar uma dieta de emagrecimento, orientada por um nutricionista, e é importante que seja feita de forma gradual e saudável, pois as dietas da moda que prometem um emagrecimento muito rápido, geralmente, não trazem efeitos duradouros e se não acompanhadas por um profissional de saúde, podem provocar malefícios para a saúde;
- Evitar hábitos como o fumo e a ingestão exagerada de bebidas alcóolicas;
- Fazer acompanhamento médico em caso de histórico de obesidade na família;
- Buscar ajuda profissional em casos de compulsão alimentar, ansiedade, estresse, nervosismo e depressão para tratar essas condições de forma correta.
Saiba a diferença entre psicólogo e psiquiatra e quem procurar.
O uso de remédios para emagrecer também podem ser utilizados no tratamento da obesidade, porém é importante que sejam feitos sob orientação médica. Nos casos mais graves, pode ser recomendado recorrer a alguns tipos de cirurgia como a cirurgia bariátrica.
Obesidade em crianças
A obesidade infantil também está cada vez mais frequente, e se desenvolve pelo consumo excessivo de comidas industrializadas, doces e refrigerante, além das crianças ficarem sedentárias e praticarem cada vez menos atividades ao ar livre. É muito comum que os filhos de obesos também fiquem acima do peso devido aos hábitos.
Nesses casos, o recomendado é levar a criança ao pediatra para fazer uma avaliação e indicar o melhor a ser feito para prevenir o problema.
Agora que você já sabe mais sobre obesidade, é sempre importante lembrar dessas dicas na hora de se alimentar ou mesmo buscar um tratamento se você já está muito acima do peso. Fazer um diagnóstico é muito importante para descobrir as causas que levaram aos problemas e seguir um tratamento recomendado para que você tenha mais qualidade de vida, bem-estar e manter uma rotina saudável.
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Compartilhe esse artigo para que mais pessoas possam conhecer sobre o tema. Veja também mais textos com dicas de saúde para aumentar a sua qualidade de vida e melhorar a sua saúde, leia aqui:
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