Herpes Genital. Sintomas, tratamento e prevenção

A Herpes Genital é um tipo de DST que atinge os genitais. Saiba mais e previna-se.

Depois de uma relação sexual desprotegida ela pode surgir com algumas sintomas ou não.  A Herpes Genital é um tipo de doença sexualmente transmissível através de um vírus que pode atingir várias partes do corpo das pessoas contaminadas ou mesmo não manifestar nenhum sintoma.

O Herpes genital pode provocar muitos danos para a saúde física, mental e sexual das pessoas por isso é importante conhecer mais sobre a doença e suas formas de prevenção. Aqui você vai saber melhor sobre a doença e se prevenir.

Boa leitura!

Saiba também sobre Sífilis, sintomas, tratamento e como prevenir.

O que é Herpes genital?

Herpes genital é um dos tipos de doença sexualmente transmissível (DST), sendo transmitida por meio de um vírus que ataca a pele, principalmente as membranas mucosas dos genitais.

O herpes genital pode ser causado por 2 tipos de vírus, que são:

Vírus da herpes simples tipo 1 (HSV-1)

Esse tipo do vírus normalmente provoca a infecções dos lábios, da boca e da face. Esse é o  mais comum entre os vírus de herpes e muitas pessoas podem ter o primeiro contato com este vírus ainda na infância.

O HSV1 causa de forma frequente feridas (lesões) nos lábios e no interior da boca, como afta, ou infecção do olho (principalmente na conjuntiva e na córnea) e também pode levar a uma infecção no revestimento do cérebro (meningoencefalite).

O HSV1 pode ser transmitido por meio de contato com a saliva infectada. A maioria das pessoas contrai herpes oral quando são crianças, recebendo um beijo de um adulto seja amigo ou parente que está infectado.

Vírus da herpes simples 2 (HSV-2)

Esse tipo normalmente é transmitido via sexual, o HSV-2 provoca coceira e bolhas ou mesmo úlceras e feridas nos genitais. Entretanto, algumas pessoas com HSV-2 não apresentam quaisquer sinais ( vírus no período de latência).

A infecção cruzada dos vírus de herpes do tipo 1 e 2 pode acontecer se houver contato oral-genital.

Isto é, pode-se pegar herpes genital na boca ou herpes oral na área genital.

Causas da herpes genital

O herpes genital é transmitido por ambos os vírus e ocorre principalmente via contato sexual desprotegido.

O herpes genital é o mais comum de ser transmitido através de contato com a pele de uma pessoa infectada que esteja com lesões visíveis, que podem ser bolhas ou erupções (uma crise ativa), mas ela também pode ser transmitida a partir do contato com a pele de uma pessoa infectada mesmo quando não há lesões visíveis (a pessoa também pode nem saber que está infectada) ou através do contato com a saliva ou fluidos da vagina de uma pessoa infectada.

Visto que o vírus pode ser transmitido mesmo quando não há sintomas ou lesões presentes, uma pessoa que tenha sido infectada com herpes no passado e que não desenvolveu  lesões da doença, assim mesmo pode transmitir a infecção a outras pessoas já que tem o vírus incubado.

Fatores de risco

Alguns fatores são considerados de risco para contrair o herpes genital, entre eles estão:

– Ter mais de um parceiro sexual;
– Manter relações sexuais sem camisinha;

Sintomas de Herpes genital

Os sintomas da herpes genital são variáveis, podendo ser visíveis e muitas vezes não manifestar nenhum sintoma ou sinal o que é comum de acontecer. Quando os sintomas se manifestam, a pessoa pode presenciar alguns sintomas como:

• Dores e irritação na região genital (surgem de dois a dez dias após o contágio);
• Manchas vermelhas e pequenas bolhas esbranquiçadas que costumam surgir nos genitais dias após a infecção;
• Úlceras na região dos genitais, que podem até mesmo sangrar e causar dor ao urinar. Essas úlceras quando cicatrizam podem formar cascas.

Logo nos primeiros dias após o contágio com a doença, a pessoa que foi  infectada pode manifestar alguns sintomas muito parecidos com os da gripe, com:

– Febre;
– Mal-estar geral;
– Redução de apetite;
– Dores musculares na parte inferior das costas, nádegas, coxas ou joelhos.

As feridas que são características do herpes genital surgem imediatamente quando o vírus entra no organismo. A pessoa infectada pode espalhar a ferida tocando-a e, depois, passando as mãos por outras partes do corpo, pois elas são muito fáceis de se multiplicar.

Algumas partes do corpo que o Herpes genital pode provocar feridas são:

No homem:  Pênis, saco escrotal, coxas e na uretra;

Nas mulheres: vagina, vulva e colo do útero;

As feridas também podem aparecer nas nádegas, boca e no ânus de pessoas de ambos os sexos.

Outros sintomas que podem se manifestar são:

– Linfonodos aumentados e sensíveis na virilha durante uma crise;
– Dor ao urinar;
– Corrimento vaginal nas mulheres;
-Em alguns casos as mulheres não conseguem esvaziar a bexiga e precisam de um caráter urinário;

As crises de Herpes Genital podem  ser variáveis, uma segunda crise pode surgir semanas ou meses após  a primeira. Essa segunda crise costuma ser quase sempre menos grave e com  duração menor que a primeira.

Com o tempo, o número de crises pode diminuir e até sumir. Mas uma vez que a pessoa é infectada, o vírus se esconde nas células nervosas e permanece no corpo. O vírus pode ficar em estado “dormente” (adormecido) por um longo período (chamado de latência).

A infecção do Herpes Genital pode ficar  reativa ou piorar a qualquer momento, dependendo do sistema imunológico da pessoa. Algumas situações podem ativar infecções latentes e iniciar uma crise, provocando sintomas como:

• Fadiga geral
• Irritação genital
• Menstruação
• Estresse físico ou emocional
• Traumas

Os sintomas do Herpes genital podem acontecer com pouca frequência, cerca de uma vez por ano, ou com tanta frequência que os sintomas parecem ser contínuos.

As infecções mais recorrentes em homens costumam ser mais moderadas e duram menos que nas mulheres, que costumam levar mais tempo com infecção presente.

Quando buscar ajuda médica

Se após uma relação sexual ou em algum outro momento você notar a presença  de feridas na região genital, procure um especialista imediatamente para fazer um tratamento.

Especialistas que podem diagnosticar a Herpes Genital são:

Clínico geral
Urologista (Homens)
Ginecologista (Mulheres)

Diagnóstico de Herpes genital

O diagnóstico da Herpes Genital pode ser feito através de um exame a olho nú por um especialista. Se o resultado do diagnóstico for positivo, é importante conversar imediatamente com seu parceiro ou parceira, para que ele ou ela possa realizar os exames também e ambos começarem o tratamento o quanto antes.

Exames recomendados:

– Exame físico: Muitas vezes um exame físico pode indicar a presença de Herpes. Mas o médico pode optar também por solicitar  alguns exames para certificar-se de que acertou no diagnóstico clínico, como:

– Exame de cultura de vírus: este procedimento coleta uma amostra da ferida causada e é analisado em laboratório para confirmar a ferida de herpes.

– Exame de reação de polimerase em cadeia: conhecido como PCR, este exame faz um esboço do DNA do paciente por meio da análise de uma pequena amostra da ferida presente no genital. A partir deste DNA, o médico poderá dizer se há presença de vírus causador do herpes ou não.

– Exame de sangue: os resultados deste exame mostram se há presença ou não de anticorpos contra os vírus do herpes genital, indicando inclusive se houve infecção no passado.

Tratamento de Herpes genital

A Herpes genital é uma doença que não tem cura, mas tem um tratamento que pode ajudar a evitar a recorrência da doença e impedir que ela cause algumas complicações mais graves e se espalhem rapidamente pelo corpo. Um acompanhamento médico pode, também, agir para amenizar os sintomas e para não transmitir herpes para outras pessoas.

O tratamento é feito por meio de medicamentos antivirais, que aliviam a dor e o desconforto causados pelas feridas durante uma crise, curando as lesões com maior rapidez.

Quando as crises são recorrentes, é importante que o medicamento assim que o formigamento, queimação ou a coceira surgirem, ou assim que você notar o aparecimento de algumas bolhas.

As pessoas que têm muitas crises recorrentes,  podem tomar esses medicamentos diariamente durante um tempo. Isso ajuda a evitar crises e a diminui sua duração, podendo diminuir também a chance de transmitir herpes para outra pessoa.

Grávidas também podem desenvolver herpes e podem receber tratamento contra a doença  durante o último mês de gestação, diminuindo assim as chances de gerar uma crise no momento do parto.

Se a mulher desenvolver uma crise de herpes no momento do parto, é recomendado que ela faça uma cesariana para diminuir a possibilidade de infecção do bebê.

Os medicamentos contra herpes podem causar alguns efeitos colaterais, entre eles estão:

– Fadiga
– Dor de cabeça
– Náusea e vômito
– Erupções
– Convulsão
– Tremores

Medicamentos para Herpes genital

Os remédios mais usados para o tratar a herpes genital são:

– Aciclovir
– Ezopen (creme)
– Penvir

Somente um médico pode receitar o medicamento mais indicado para tratar o seu caso, assim como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre as orientações do seu médico e não faça a automedicação.

Não deixe de tomar o medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.

Remédios caseiros para Herpes Genital

Algumas práticas são usadas para fazer o tratamento da herpes em casa e apesar de não terem comprovação médica de serem seguras, elas podem sim contribuir para o alívio da dor e serem usados de forma complementar ao tratamento.

Entre os remédios caseiros para herpes genital mais indicados popularmente, estão o extrato de própolis, alho, óleo de rícino e chá de camomila.

Herpes genital tem cura?

Ainda não há cura para herpes genital, mas o tratamento pode ajudar a evitar a recorrência da doença e impedir que ela cause complicações mais graves e se espalhe pelo corpo.

O acompanhamento médico pode, também, cuidar para amenizar os sintomas e não deixar que a herpes seja transmitida para outras pessoas.

Complicações possíveis

A Herpes genital quando não é tratada pode levar a problemas de saúde mais graves, como por exemplo:

Infecção de recém-nascidos durante o parto: o bebê caso tenha contato com o vírus durante o parto pode desenvolver danos cerebrais, cegueira e em casos mais severos pode ir à óbito. Por isso é recomendado que se a mãe já tenha um diagnóstico de herpes, faça uma cesariana.

Problemas de bexiga – esses problemas ocorrem devido a presença de feridas na região da uretra, que passam a obstruí- la e impedir a saída da urina. Nesses casos, é necessário usar um cateter para fazer a drenagem da bexiga.

Meningite – a doença está entre algumas possíveis complicações do herpes genital, causada pela inflamação das membranas e do líquido cefalorraquidiano presentes no sistema nervoso.

Retite – consiste na inflamação do reto, provocada muitas vezes por sexo anal se a pessoa estiver contaminada com o vírus.

Em outras situações mais  graves, quando as pessoas estão com o sistema imunológico enfraquecido, passando por radioterapia ou  quimioterapia, elas podem desenvolver infecções mais graves por herpes que atingem o cérebro, olhos, esôfago, fígado, medula espinhal ou pulmões.

Convivendo com a Herpes Genital

A partir do momento em que se é infectado pelo vírus da herpes, ele permanece no corpo para o resto da vida. Algumas pessoas desenvolvem somente uma crise, e outras têm crises frequentes.

Não há um desencadeador óbvio para que as crises ocorram. No entanto, as crises de herpes genital podem acontecer nas seguintes condições:

– Fadiga;
– Doenças gerais (de doenças leves a condições sérias, como operações, ataques cardíacos e pneumonia);
– Imunossupressão devido a doenças como a Aids ou a medicamentos como quimioterapia ou esteroides;
– Menstruação;
– Estresse físico ou emocional
– Trauma na área afetada, inclusive durante atividade sexual.

Em pessoas com um sistema imunológico normal, o herpes genital permanece como uma infecção localizada e incômoda, mas raramente provoca risco de vida.

Cuidados básicos, podem ajudar o paciente a lidar melhor com a doença, curar as lesões mais rapidamente e impedir que ela tenha recorrência, como:

– Evite o uso de meias-calças, roupas íntimas ou calças de nylon ou de outros materiais sintéticos. Em vez disso, use roupas de algodão confortáveis;

– Lave a região suavemente somente com água e sabonete neutro;
– Tome banhos mornos para aliviar a dor (depois do banho, mantenha as bolhas secas).

Prevenção da Herpes Genital

A melhor maneira de prevenir a herpes genital e outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) é através do uso de preservativos em todas as relações sexuais. E a única forma 100% garantida de não se contrair nenhum tipo de DST é não manter relações sexuais, então quanto mais cuidado tiver durante o ato, melhor.

Durante a gravidez, se a mãe foi diagnosticada com herpes genital, o médico recomendará medicamentos antivirais para evitar que o bebê contraia a doença durante o parto.

Ainda posso fazer sexo se tiver herpes?

Se você foi diagnosticado com herpes, é importante conversar com seu(s) parceiro(s) sexual(is) para que ele saiba que você tem um risco envolvido e também se cuide. O uso de preservativos pode ajudar a reduzir esse risco, mas não vai livrar completamente do risco.

Desenvolver feridas ou outros sintomas de herpes pode aumentar o risco de transmissão  da doença. Mesmo que não tenha sintomas, você ainda pode infectar seus parceiros sexuais.

Se seu parceiro ou parceira estiver infectado com herpes, é melhor evitarem qualquer tipo de contato sexual até que a doença esteja sob controle.

Conclusão

Herpes genital é um tipo de doença Sexualmente Transmissível, que é transmitida através do contato íntimo, quando há contato direto com as bolhas ou úlceras que possuem líquido e se manifestam nos genitais, coxas ou ânus e que causa sintomas como ardência, coceira, dor e desconforto.

Antes das bolhas surgirem em alguns casos é possível identificar se a herpes vai se desenvolver, muitas vezes surgem alguns sintomas de aviso como, por exemplo,  infecção urinária através de desconforto, ardência ou dor ao urinar, coceira leve e sensibilidade em alguns locais da região genital.

Os sintomas de aviso, nem sempre acontecem, mas podem aparecer horas ou mesmo dias antes das bolhas se formarem podendo favorecer melhores cuidados.

A Herpes é uma doença que não tem cura, por isso é muito importante ter cuidados durante as relações sexuais e se prevenir dessa e de outras doenças.

Se você suspeita de estar com herpes genital  ou conhece alguém que esteja manifestando os sintomas da doença, procure um médico imediatamente para iniciar um tratamento. Na Cia da Consulta você pode agendar sua consulta de forma rápida e prática e pode cuidar da sua saúde com todo o conforto, rapidez e bem-estar.

Compartilhe esse artigo e ajude mais pessoas a conhecerem mais sobre o vírus da herpes e se prevenir. Conheça também mais textos com dicas para aumentar a sua qualidade de vida e melhorar a sua saúde, leia aqui:

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