Saiba tudo sobre o exame que ajuda a diagnosticar doenças do aparelho digestivo.
Você está precisando fazer uma endoscopia ou conhece alguém nessa situação e tem dúvidas sobre o exame? Se dói, se é seguro, como é feito e para que serve? Então você está no lugar certo. Aqui vamos te contar tudo sobre a endoscopia e mostrar que esse exame não é complicado de fazer e nem mesmo dói.
A endoscopia é um procedimento simples que tem como objetivo visualizar e investigar problemas no trato gastrointestinal superior podendo analisar melhor a saúde do seu esôfago, estômago e duodeno.
A endoscopia é feita através de um aparelho que tem uma câmera na ponta, chamado endoscópio. O exame costuma ser feito pelo médico gastroenterologista e pode servir tanto como diagnóstico quanto para tratamento de diversos problemas do sistema digestivo alto.
A endoscopia é um exame simples, mas precisa de alguns preparos e recomendações antes, durante e depois do exame. Para realizar a endoscopia é preciso estar em jejum completo e geralmente recebe-se um sedativo no momento do exame e após ele é recomendado não dirigir e não operar máquinas pesadas.
Nesse texto você vai ficar sabendo tudo sobre endoscopia, como é feito o exame, preparo, riscos e alguns mitos e verdades.
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Faça uma boa leitura!
O que é e para que serve a endoscopia?
A Endoscopia Digestiva Alta (EDA), também chamada apenas de endoscopia, é um exame feito com o objetivo que visualizar diretamente o trato gasto-intestinal superior e identificar possíveis problemas em órgãos como o esôfago, estômago e o duodeno (primeira porção do intestino delgado).
O exame é feito por meio de um aparelho chamado endoscópio, que tem um longo e fino tubo flexível, com uma micro câmera na ponta para permitir a filmagem no interior dos órgãos digestivos. Os endoscópios atuais têm alta definição de imagem e podem filmar em HDTV.
O médico gastroenterologista introduz o endoscópio na boca e vai investigando o trato digestivo passando pelas paredes de órgãos como o esôfago, estômago e indo até o início do intestino.
A endoscopia é um exame muito utilizado para tentar identificar as causas de alguns sintomas que já perduram por um tempo como desconforto abdominal, dores de estômago, náuseas, vômito, queimação, refluxo, dificuldade para engolir, entre outros.
A endoscopia não serve apenas para ver e filmar o interior dos órgãos digestivos, ela também pode ser usada para a realização de biópsias e tratamento de alguns problemas como úlceras ou varizes sangrantes.
Com o endoscópio é possível introduzir algumas ferramentas como pinças de biópsias, laços, agulhas, sondas ou eletrocautério, balão para dilatação, redes e cestos, podendo realizar vários procedimentos durante uma endoscopia digestiva alta.
Entre as doenças que o exame de endoscopia ajuda a identificar estão:
– Gastrite;
– Refluxo;
– Úlcera gástrica ou duodenal;
Além dessas doenças, durante a endoscopia é possível fazer uma biópsia do estômago, podendo retirar um pequeno fragmento desse órgão que é enviado para análise de laboratório, auxiliando no diagnóstico e identificação de problemas mais graves desde uma infecção pela bactéria H. pylori como também um câncer de estômago, esôfago ou duodeno.
Indicações para realizar um exame de endoscopia
A Endoscopia é um exame solicitado pelo médico gastroenterologista para identificar alguns possíveis problemas no trato digestivo e é indicado realizar nas seguintes situações:
- Investigar quadros de dor ou desconforto prolongados no abdome superior;
- Avaliar a gravidade da doença do refluxo gastroesofágico, que não responde ao tratamento clínico inicial;
- Para rastrear câncer em pacientes com diagnóstico prévio de esôfago de Barrett;
- Investigar quadros de náuseas e vômitos persistentes;
- Avaliar e fazer um possível tratamento para quadros de sangramentos do trato gastrointestinal superior;
- Investigar possíveis varizes de esôfago em pacientes com cirrose e/ou hipertensão;
- Investigar quadros de anemia por carência de ferro sem causa definida;
- Investigar quadros em que o paciente tem dificuldade de engolir alimentos ou sensação de que a comida está entalada no esôfago;
- Remover um corpo estranho acidentalmente engolido;
- Avaliar a gravidade da lesão do esôfago em pacientes intoxicados por alguma substância ou ingeriram soda cáustica, água sanitária ou qualquer outra substância corrosiva;
- Avaliar cura ou evolução de pólipos, tumores ou úlceras que foram encontradas em endoscopias anteriores.
A endoscopia digestiva alta é o exame mais completo e imprescindível para diagnosticar problemas digestivos.
Como funciona a endoscopia?
O exame de endoscopia ocorre iniciando um preparo com jejum completo antes de sua realização para poder ser visto o interior do estômago sem a presença de restos de alimentos e também para não provocar vômito no paciente com a introdução do aparelho.
Durante o exame a pessoa fica deitada de lado e recebe um spray anestésico na garganta que ajuda a diminuir a sensibilidade do local e facilitar a passagem do endoscópio. O aparelho é introduzido somente no trato digestivo, em nada afetando o sistema respiratório e dificultando a respiração durante o exame.
A pessoa normalmente também recebe um sedativo na veia que faz com que ela relaxe e durma na hora do exame e não sinta o incômodo do aparelho. Isso faz com que o exame seja indolor para o paciente, no máximo ele pode sentir um desconforto na garganta horas depois devido a passagem do endoscópio.
Antes do paciente dormir, um pequeno objeto de plástico é colocado na boca para que ele morda e mantenha a boca aberta durante todo o exame. Isso facilita a passagem do endoscópio e melhora a visualização, permitindo que o médico libere ar através do aparelho. Isso pode causar a sensação de estômago cheio.
A partir da introdução do aparelho, são obtidas imagens que podem ser gravadas e também durante o procedimento o médico pode retirar pólipos (um pequeno fragmento do estômago) e esse material é usado para fazer a biópsia do estômago. É possível também a aplicação de medicamentos no local.
Após isso o endoscópio é retirado e o paciente fica aguardando acordar da sedação, o que pode deixar em um estado sonolento durante o dia todo. É comum também a garganta ficar dormente ou um pouco dolorida após o exame, além de uma sensação de estufamento, devido ao ar colocado no estômago durante o exame.
A endoscopia normalmente costuma durar de 5 a 30 minutos, esse tempo depende se o exame pede biópsia ou alguma outra análise mais específica. Mas é aconselhado que o paciente fique na clínica para observação em um tempo de 30 a 60 minutos após o exame que é geralmente quando os efeitos do anestésico passam.
Caso tenham sido utilizados sedativos, é aconselhado não dirigir e não operar máquinas pesadas durante o restante do dia, pois o medicamento diminui os reflexos corporais.
Preparo e recomendações
Para garantir um bom resultado no exame e diminuir os riscos de complicações, todo paciente que for submetido a uma endoscopia digestiva deve realizar uma preparação antes de fazer o exame.
O preparo da endoscopia inicia alguns dias antes, é importante que o paciente não tome nenhum remédio antiácido como medicamentos do tipo “prazol” omenprazol, pantoprazol, lansoprasol entre outros ou a ranitidina pois esses remédios alteram o estado do estômago e podem interferir no exame mascarar um possível problema existente.
Na véspera do exame é fundamental fazer um jejum de pelo menos 8 horas, o estômago deve estar totalmente vazio para poder ter a visualização completa do seu interior. Caso o paciente precise tomar outros medicamentos, deve ingerir tomando pequenos goles de água evitando que o estômago fique cheio, isso em um período de até 4 horas antes do exame.
Antes de iniciar o exame é comum que o paciente tome na clínica um medicamento anti-gases para evitar a presença de bolhas no estômago no momento do exame.
As recomendações é que no dia anterior o paciente faça uma alimentação leve e no dia do exame vá acompanhado por uma pessoa maior de 18 anos que possa ajudar a conduzir na saída, após o exame quando o paciente costuma ficar tonto e ainda sedado.
Devido a essa ação do sedativo, o paciente também não pode dirigir após o exame e nem operar máquinas pesadas, é ideal que fique de repouso durante o restante do dia, pois o sedativo diminui os reflexos corporais e a sonolência permanece por um período ao longo do dia.
Há casos em que a endoscopia precisa ser realizada com urgência, como em pacientes que apresentam sangramento digestivo ativo, nesse caso o exame acaba sendo realizado sem preparo algum.
Principais cuidados
São raras as complicações ligadas ao exame de endoscopia, quando ocorrem são após procedimentos mais demorados como a retirada de um pólipo para a realização da biópsia.
Outras complicações que podem ocorrer estão ligadas a alergias aos medicamentos e sedativos utilizados e devido a algum problema que a pessoa já apresentar nos pulmões ou no coração, em casos raríssimos quando não há um cuidado necessário no momento do exame, pode ocorrer a perfuração de algum órgão interno e o surgimento de hemorragias.
É importante observar também se após o procedimento surgirem sintomas de febre, dificuldades para engolir, dores abdominais, vômitos ou fezes escuras. Se isso ocorrer, é importante que o paciente procure um médico para avaliar se houve alguma complicação em decorrência da realização da endoscopia.
Exame de endoscopia é perigoso?
Muitas pessoas ficam assustadas quando descobrem que precisam fazer uma endoscopia. Se você está entre essas pessoas e acha que o exame de endoscopia dói ou pode causar algum mal para a sua saúde, calma, o exame de endoscopia não é nenhum bicho de sete cabeças.
O exame de endoscopia costuma ser bastante tranquilo, até porque é comum que as pessoas tomem um sedativo para realizar e isso faz com que não sintam nenhum incômodo ou dor no momento do procedimento. O máximo que você pode sentir é um desconforto na garganta após o exame devido a passagem do endoscópio.
Fazer os preparos solicitados antes do exame também é fundamental, assim você evita de ter um possível vômito no momento do exame e deixa a área do estômago limpa para evitar qualquer alteração ou problema durante o exame.
A endoscopia digestiva é um procedimento bastante seguro e costuma ter pouco risco de complicações na maioria dos pacientes. Atualmente a taxa de complicação é de 0,0002% nas endoscopias apenas diagnósticas e de 0,15% nas endoscopias em que há uma intervenção junto, segundo a Sociedade Brasileira de Endoscopia. O risco de perfuração de órgãos como esôfago e estômago é menor que 0,003%.
Antes de fazer uma endoscopia você deve buscar uma clínica séria e de referência, com profissionais de gastroenteorologia especializados e que possam ter suporte para caso haja uma emergência como um problema respiratório, de alergia ou cardíaco durante o exame, o que é bem raro mas é bom estar prevenido.
É importante também que os aparelhos sejam devidamente esterilizados após os exames e antes de realizar em outra pessoa, seguindo protocolos internacionais, para não haver o risco de contaminação por infecções como hepatite ou HIV após uma endoscopia digestiva.
Antes de realizar o seu exame, peça dicas de clínicas ou médicos a pessoas conhecidas que já realizaram endoscopia. Apesar de alguns processos antes, durante e após, o exame costuma ser bastante tranquilo e eficaz para o diagnóstico de doenças gástricas.
Endoscopia com biópsia
A biópsia na endoscopia ocorre quando é retirado um pequeno pedaço da mucosa gástrica para uma análise em laboratório. A biópsia é um procedimento indolor e se o médico encontrar pólipos, os mesmo podem ser retirados.
De um modo em geral, a biópsia é realizada na endoscopia nos seguintes casos:
– De acordo com os sintomas relatados pelos pacientes, buscando um diagnóstico melhor do trato digestivo;
– Para investigar a cura/melhoria de problemas que tenham aparecido no exame anterior;
– Caso sejam encontradas lesões suspeitas no exame de endoscopia e para investigar se essa lesão é benigna ou maligna;
– Para identificar a presença de câncer nos tecidos do estômago;
– Para identificar a presença da bactéria H. pylori
A biópsia também é feita com o auxílio do endoscópio e o material colhido pode ser do esôfago, estômago ou porção inicial do intestino.
Mitos e verdades sobre a endoscopia
Existem muitos mitos acerca dos exames de endoscopia e isso faz com que muitas vezes as pessoas deixem de fazer o exame ou fiquem adiando por medo ou outros motivos. Isso faz com que não descubram possíveis doenças ou descubram já em estado tardio, o que é que pode ser muito arriscado para a saúde.
Aqui você vai conhecer alguns mitos e verdades sobre o exame de endoscopia.
1. Fazer endoscopia dói
MITO. A endoscopia digestiva é um exame indolor, e antes de realizar o exame, o paciente costuma receber um sedativo, o que evita qualquer dor desconforto durante o exame.
2. É obrigatória a presença de um acompanhante.
VERDADE. A endoscopia só pode ser realizada com a presença de um adulto maior de 18 anos como acompanhante, que será o responsável por levar o paciente sob efeito de sedação de volta para casa com segurança.
3. Durante o exame, a respiração fica comprometida.
MITO. Os caminhos em que o aparelho que faz o exame passa, não são os mesmos da respiração: o endoscópio é introduzido pela boca e encaminhado ao esôfago; já o ar entra pelo nariz, passando pela laringe e traqueia até alcançar o esôfago, não comprometendo a respiração.
4. A endoscopia também pode ser usada como forma de tratamento.
VERDADE. Alguns pólipos e até mesmo um câncer em estágio inicial podem ser removidos por meio de acessórios específicos durante uma endoscopia. Hemorragias causadas por úlcera ou ruptura de varizes no esôfago ou estômago também podem receber o tratamento por meio do exame.
Fístulas no esôfago e estômago também podem ser tratadas por meios de clips ou próteses usados através da endoscopia, estas últimas também utilizadas em casos da presença de tumores avançados.
5. É um procedimento cirúrgico e precisa tomar anestesia.
MITO. A endoscopia digestiva é um exame para visualizar os órgãos digestivos e diagnosticar possíveis problemas. Durante o exame podem ser feitos procedimentos, mas que não são de caráter cirúrgico e não são aplicadas anestesias, mas sim um sedativo com efeito temporário de relaxamento.
6. A Endoscopia é um exame demorado.
MITO. Se for usado apenas para rastreio, pode durar aproximadamente de 10 a 15 minutos. Esse tempo, porém, pode ser maior caso a endoscopia seja para fins terapêuticos.
Conclusão
Nesse texto falamos sobre o exame de endoscopia digestiva, um exame feito para investigar problemas do sistema digestivo alto e analisar órgãos como esôfago, estômago e duodeno (a porção superior do intestino) por meio de um aparelho chamado endoscópio.
O exame de endoscopia ajuda a diagnosticar problemas como gastrite, doença do refluxo esofágico, hérnia de hiato, úlceras gástricas e intestinais e câncer de esôfago e estômago. Assim também como ser um procedimento terapêutico para conter sangramentos internos, remover corpo estranho engolido acidentalmente, entre outros.
Mostramos que a endoscopia é um exame simples, mas que precisa de alguns processos de preparo antes do exame, para que não haja complicações. E também algumas medidas após o exame como ter um acompanhante, não dirigir e não operar máquinas pesadas devido aos efeitos pós sedativo que pode deixar as pessoas com a função motora e de visão reduzidas.
Aqui também desmistificar algumas dúvidas em relação a endoscopia e caso você esteja com um pedido médico para realizar esse exame, pode fazer de forma tranquila. A Cia da consulta tem os profissionais certos para orientar você e conta com clínicas parceiras para realizar exames de endoscopia com todo o conforto, qualidade e segurança a preços justos.
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Com esse texto você ficou sabendo mais sobre a endoscopia e como é simples fazer. Se ajudou você, compartilhe para que outras pessoas também possam conhecer e se cuidar. E lembre-se sempre de procurar um médico para cuidar de você de maneira segura.
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