Você talvez não faça ideia, mas as doenças do coração representam a principal ameaça à sua saúde.

Afinal, nenhuma outra condição médica causa mais mortes em todo o mundo do que aquelas de origem cardíaca.

A vulnerabilidade do órgão aparece não apenas nos quadros mais comuns, como infarto e arritmias.

E nem mesmo apenas os mais velhos devem se preocupar com isso, já que há tipos de doenças cardíacas até mesmo em recém-nascidos

Então, quer saber quais são os sintomas de problemas no coração em jovens, crianças, adultos e idosos? Não deixe de acompanhar este artigo até o fim.

Preparamos um material completo sobre as doenças do coração mais comuns, suas causas, formas de diagnóstico e tratamento.

Você também vai conferir as melhores dicas para focar na prevenção e adotar hábitos de vida saudáveis.

O importante é saber que a maioria das doenças cardiovasculares não surge de repente. Elas vão se desenvolvendo ao longo dos anos e dão pistas que facilitam a identificação precoce.

Então, já que a saúde do coração é coisa séria, use este conhecimento a seu favor.

Boa leitura!

O que são as doenças do coração (cardiovasculares ou doenças cardíacas)

As doenças do coração, ou doenças cardíacas, são principalmente caracterizadas por qualquer alteração que impeça ou dificulte a boa circulação sanguínea.

E os seus impactos na rotina são evidentes.

Afinal, não é exagero dizer que o coração é o principal responsável por uma vida longa e saudável.

Ao mesmo tempo, como você cuida dele? Será que não está contribuindo para o seu adoecimento?

É sabido que os hábitos excessivos (e nocivos) da sociedade favorecem o aparecimento de patologias ligadas ao órgão.

Porém, as causas das doenças do coração nem sempre têm relação com o estilo de vida.

Alguns indivíduos podem nascer com uma doença cardíaca congênita, que pode estar ligada à má alimentação da mãe durante a gravidez.

É possível classificar as doenças que afetam o coração como:

  • Arritmias (alterações nos batimentos cardíacos)
  • Cardiomiopatias
  • Doenças vasculares (afeta o coração e os vasos sanguíneos)
  • Doenças das válvulas cardíacas
  • Doenças cardíacas congênitas
  • Infarto
  • Parada cardíaca
  • Pericardite
  • Síndrome de Marfan (disfunções da aorta).

As doenças cardiovasculares geralmente acomete pacientes com mais idade ou com histórico familiar, mas não é regra, já que outros indivíduos também podem apresentar essas enfermidades.

Estatísticas sobre mortes por doenças do coração no Brasil e mundo

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, de acordo com dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

E as estatísticas ajudam a entender o tamanho desse problema de saúde pública.

Conheça alguns números das doenças do coração no Brasil e no mundo:

  • Estima-se que em, 2016, mais de 17 milhões de pessoas foram vítimas fatais de doenças cardíacas no mundo, o que representa 31% de todas as mortes em nível global
  • Dentre esses óbitos, acredita-se que 7,4 milhões ocorrem devido às doenças cardiovasculares e 6,7 milhões em razão de acidentes vasculares cerebrais (AVCs)
  • A maioria das mortes por doenças cardiovasculares ocorre em países de baixa e média renda
  • No Brasil, as doenças cardiovasculares também são líderes de morte, representando 29% dos óbitos
  • No mês de janeiro de 2017, o país registrou mais de 30 mil mortes e, em todo 2016, foram 349.930 óbitos
  • As doenças do coração matam duas vezes mais do que todos os tipos de câncer
  • Os óbitos decorrentes de doenças cardíacas são 2,5 vezes maiores do que os acidentes e mortes por violência.

Apesar da gravidade do quadro, alguns especialistas acreditam que 80% das ocorrências poderiam ser evitadas com uma mudança no estilo de vida.

Em que pese a dificuldade de acesso à saúde no Brasil, vidas poderiam ser poupadas através de uma abordagem de fatores de risco (obesidade, sedentarismo, álcool, tabaco, entre outros) e também se o paciente seguisse à risca a prescrição dos medicamentos receitados.

Principais tipos de doenças do coração

Como já comentado, existem vários tipos de doenças do coração.

Mas podemos citar entre as principais o ataque cardíaco, forma popular de se referir ao infarto agudo do miocárdio.

Ele se caracteriza pelo bloqueio do fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco, o que, em muitas das vezes, leva o paciente à morte.

A insuficiência cardíaca também está entre os problemas cardíacos mais letais.

Essa condição costuma ser resultante de outras enfermidades do coração, como hipertensão arterial, miocardites, doenças valvulares e doença de Chagas.

Outro problema cardíaco muito comum são as arritmias, caracterizadas por alterações na frequência ou no ritmo dos batimentos do coração.

Elas são mais comuns em indivíduos com idade avançada e podem ser consequência de outras doenças do coração, como infarto, coronariopatia, endocardite ou miocardioesclerose.

Podemos ainda citar como as doenças cardíacas mais comuns:

  • Angina instável e estável
  • Aterosclerose
  • Cardiomiopatia
  • Cardiopatia congênita
  • Doença arterial periférica
  • Endocardite
  • Estenose mitral
  • Estenose pulmonar
  • Fibrilação atrial
  • Hipertensão
  • Hipotensão
  • Pericardite
  • Sopro no coração
  • Tumor cardíaco.

Quais tipos de sintomas podem indicar doenças no coração

Os sintomas das doenças do coração costumam ser muito parecidos.

Então, é importante estar atento caso perceba os seguintes sinais:

  • Dor no peito (por causa da má circulação sanguínea)
  • Falta de ar durante repouso ou esforço
  • Desmaio
  • Tontura
  • Cansaço
  • Pressão alta
  • Palpitações ou aumento da frequência cardíaca
  • Tosse seca persistente
  • Má circulação nas pernas
  • Inchaço nos tornozelos
  • Pontas dos dedos ou unhas azulados
  • Impotência sexual.

Aprenda a identificar os sintomas

Saber identificar os sintomas que caracterizam as doenças do coração pode fazer a diferença entre a vida e a morte.

Assim como pode ajudar a evitar um ataque cardíaco, ainda facilita o diagnóstico de uma condição cardiovascular.

E isso vale para qualquer pessoa, embora haja um grupo de risco, que deve ter atenção redobrada.

Os indivíduos com histórico familiar de doenças do coração, que fumam, estão acima do peso ou possuem outras doenças associadas, como diabetes, hipertensão e aterosclerose, precisam estar mais atentos.

Obviamente, quanto maior o número de sintomas, maiores as chances de a pessoa apresentar um quadro de insuficiência cardíaca.

Aí reside a importância de, assim que aparecerem os primeiros sinais, o paciente procurar ajuda médica.

Vale ressaltar que a maioria das doenças do coração vão se desenvolvendo ao longo dos anos e, muitas vezes, o indivíduo não apresenta nenhum sintoma inicial.

Algumas condições só são descobertas quando o paciente realiza algum tipo de exame do coração ou teste de esforço.

Então, o recado é claro: invista na prevenção e vá regularmente ao médico.

Uma bateria de exames anual pode ser decisiva para o diagnóstico precoce de qualquer enfermidade.

Como é feito o diagnóstico

Tudo começa por uma avaliação clínica.

Muitas vezes, quando o paciente vai até o consultório médico, o especialista já liga o sinal de alerta ao unir o histórico familiar dele a uma conversa sobre possíveis sintomas.

Em complemento, um exame físico pode reforçar a sua suspeita.

Porém, em outros casos, é necessário realizar alguns exames específicos para confirmar o diagnóstico e determinar a gravidade do problema, para só então planejar o tratamento.

Esses procedimentos diagnósticos podem ser não invasivos, ou seja, não requerendo incisão ou punção com agulha.

Pode ser necessário realizar somente uma coleta de sangue ou uso de catéter intravenoso curto.

Há também procedimentos minimamente invasivos, que necessitam de um cateter flexível longo, inserido em algum vaso sanguíneo do pescoço, pulso e coxa e guiado até o coração.

Tipos de exames para identificar doenças do coração

De acordo com os tipos de exames citados anteriormente, não invasivos e minimamente invasivos, podemos apontar os principais tipos de procedimentos diagnósticos.

Confira a relação:

Exames não invasivos

  • Eletrocardiograma (ECG)
  • Teste de esforço
  • Teste de inclinação ortostática
  • Radiografias
  • Ultrassonografia (incluindo ecocardiograma)
  • Tomografia por emissão de pósitrons (PET – positron emission tomography)
  • Tomografia computadorizada (TC)
  • Ressonância magnética (RM)
  • Cintilografia.

Exames minimamente invasivos

  • Teste eletrofisiológico
  • Cateterismo cardíaco
  • Cateterismo venoso central
  • Angiografia.

Apesar de o risco desses procedimentos ser pequeno, algum desconforto é normalmente esperado.

Ele pode se tornar maior de acordo com a complexidade do exame ou com a gravidade da doença, assim como se houver outro quadro clínico simultâneo.

Qual o médico indicado para o diagnóstico das doenças do coração?

O médico responsável por diagnosticar e tratar as doenças do coração é o cardiologista.

Você pode primeiro realizar uma consulta de rotina com um clínico geral, mas se ele suspeitar de algum problema cardíaco, vai encaminhá-lo ao especialista.

Além dos exames tradicionais, é importante procurar auxílio médico sempre que sentir dores no peito ou cansaço constante.

Afinal, como já destacado, esses são alguns dos indícios de alterações cardíacas e merecem a sua atenção.

O paciente com algum tipo de doença do coração deve ir ao médico pelo menos de seis em seis meses ou sempre que o especialista solicitar.

Na oportunidade, deverá fazer exames e também adaptar o tratamento, quando necessário.

Como prevenir as doenças do coração?

A melhor maneira de diminuir os números alarmantes de óbitos por doenças do coração é desenvolvendo bons hábitos para prevenir a sua ocorrência.

Quer saber como? Fique de olho nas dicas a seguir.

Praticar atividade física

A prática de atividade física de modo regular faz com que o coração trabalhe sem ter que fazer tanto esforço e com mais eficiência.

Isso ajuda a prevenir o risco de algumas doenças cardiovasculares, como o AVC, a hipertensão, o colesterol alto e o infarto.

Seguir uma dieta balanceada

Não é novidade para ninguém que a nossa alimentação tem total relação com a saúde.

E quando se fala em prevenir doenças do coração, não é diferente.

Uma das dietas mais recomendadas é a Mediterrânea, muito conhecida por seus benefícios ao coração.

Os ingredientes principais são as gorduras boas (azeite, peixes, cereais e nozes), que aumentam o nível de colesterol bom (HDL) e diminuem as taxas do colesterol ruim (LDL).

Seja com essa ou outra dieta, o importante é não se descuidar da alimentação.

De acordo com a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), a obesidade aumenta em até 60% o risco de morte por doenças do coração.

Então, fique alerta ao que come.

Maneirar no sal

E por falar em alimentação, há um importante inimigo a combater.

O uso excessivo de sal aumenta o nível de sódio na pressão sanguínea, elevando a pressão arterial.

E a hipertensão, por sua vez, é responsável por causar algumas doenças, como AVC (Acidente Vascular Cerebral) e infarto.

Combater o estresse

Só comer bem não basta para prevenir as doenças do coração.

É imprescindível cuidar da saúde mental. Caso contrário, você se torna potencialmente vulnerável.

O que acontece é que o estresse e a ansiedade intensificam a liberação de cortisol no organismo.

Isso aumenta a concentração de glicose no sangue, acarretando em níveis altos de triglicérides, descontrole de colesterol e diabetes.

A quantidade de radicais livres que passam a circular no organismo também aumenta e, como eles interagem com o colesterol em excesso, acabam formando placas nas paredes dos vasos sanguíneos.

Tudo isso contribui para agravar os problemas cardíacos e também certas doenças inflamatórias.

Ficar atento ao histórico familiar

Já destacamos que as doenças do coração possuem ligação com o histórico familiar do paciente.

Porém, com o acompanhamento adequado, é possível reverter esse quadro e se manter saudável.

Para tanto, os indivíduos que possuem algum parente com hipertensão ou colesterol alto devem realizar exames preventivos e adotar hábitos saudáveis.

Não fumar

O tabagismo, por aumentar a frequência cardíaca, acaba causando graves irregularidades nos batimentos.

É um péssimo hábito para o coração.

Fumar também aumenta a pressão sanguínea, elevando o risco de AVC.

Ao mesmo tempo, reduz o colesterol bom, contribuindo para o acúmulo de placas de gordura nas artérias e danificando as paredes dos vasos sanguíneos.

Mitos e verdades sobre as doenças do coração

As doenças do coração são cercadas de mitos e muitas dúvidas.

A falta de informação, nesses casos, acaba sendo um problema, já que pode atrasar um diagnóstico e seu consequente tratamento.

Quer se manter saudável? Então, não perca a chance de ampliar seus conhecimentos sobre as doenças cardíacas.

Veja mitos e verdades sobre elas.

1. As doenças cardiovasculares podem ser evitadas?

VERDADE.

Com pequenas alterações nos hábitos do dia a dia, é possível prevenir as doenças do coração.

Já em fase avançada, o controle deve ser feito através de medicamentos indicados pelo cardiologista.

Mas mesmo nesses casos, um estilo de vida saudável é preponderante para a recuperação do paciente.

2. As doenças cardíacas são sempre malignas?

MITO.

Na verdade, uma doença em si nunca é benigna. Porém, há condições relacionadas ao coração que não exigem maior preocupação.

É o caso das arritmias, por exemplo, que podem ser malignas ou benignas. O que varia é justamente a presença ou não de doença relacionada.

A arritmia benigna, geralmente, ocorre na parte superior do coração, altera os batimentos, mas não leva à morte.

3. Somente os idosos possuem doenças do coração?

MITO.

Não há nenhuma relação entre o avanço da idade e as doenças do coração.

Obviamente, algumas condições têm nos mais velhos o seu público principal, mas jovens, crianças e até recém-nascidos podem ser acometidas por uma doença cardíaca, como a cardiopatia congênita.

4. Bebida alcoólica e energéticos induzem problemas cardíacos?

VERDADE.

Essa é uma questão delicada, mas que exige a sua atenção.

O ato de misturar o álcool com energéticos pode induzir uma arritmia cardíaca, provocando crises de hipertensão arterial, infarto e até mesmo a morte súbita.

Então, se você tem esse hábito, é melhor abandonar por completo.

5. Indivíduos com arritmia cardíaca não podem praticar atividade física?

MITO.

Essa é outra inverdade que costuma ser disseminada como se não fosse.

Mas um pouco de atenção não faz mal.

Apesar de o paciente com arritmia poder se exercitar normalmente, é preciso fazer um acompanhamento médico para definir qual o tipo de exercício mais indicado.

Não faça nada sem o aval do especialista.

Dia Mundial do Coração

Em todo 29 de setembro é comemorado o Dia Mundial do Coração.

Essa data é marcada por ações de conscientização cujo foco se volta à adoção de hábitos saudáveis, a fim de reduzir os fatores de risco.

A campanha Setembro Vermelho alerta para a necessidade de mudanças no estilo de vida, o que inclui:

  • Seguir uma dieta rica em verduras, grãos e frutas para controlar o colesterol
  • Praticar atividade física regularmente para controlar a pressão arterial e prevenir o desenvolvimento de doenças cardíacas precoces
  • Evitar o estresse.

Pode ser uma boa oportunidade para colocar em prática um novo projeto de vida, concorda?

Conclusão

Qualquer afecção que dificulte ou impeça a boa circulação sanguínea no organismo pode ser considerada uma doença do coração.

Apesar de serem mais comuns em indivíduos com idade avançada, os jovens também podem ser portadores de doenças cardíacas, cujos sintomas podem não ser tão evidentes, dificultando o diagnóstico.

Por tudo isso, investir na prevenção é a melhor receita.

É importante estar atento ao histórico familiar e seguir uma rotina com hábitos saudáveis, principalmente se você faz parte do grupo de risco.

Aderir a uma dieta equilibrada, praticar exercícios físicos, não fumar, controlar o estresse e evitar a ingestão de álcool, sal e gorduras ruins são comportamentos capazes de ajudar na prevenção das doenças do coração.

Fazendo a sua parte, observando o seu dia a dia e organizando a sua vida, é possível evitar problemas mais sérios e até mesmo a necessidade de tratamentos medicamentosos.

Porém, caso isso seja importante para diminuir o risco de complicações, os remédios devem ser administrados corretamente, de acordo com a orientação médica.

Não espere o problema aparecer para tomar as medidas necessárias. Cuide de você e do seu organismo.

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Por: Cia da Consulta

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