Será que o que vem lhe causando desconforto podem ser sintomas de diabetes tipo 1?

Para tirar a dúvida, é importante buscar logo uma consulta médica. Diabetes do tipo um é uma doença que depende de tratamento rigoroso para o paciente conviver com ela, fugindo ainda de complicações graves que pode acarretar.

E não é por acaso que falamos em tipo 1, já que também existe o diabetes mellitus tipo 2, com sintomas, diagnóstico e abordagem terapêutica específicos.

Se você quer saber quais são os sintomas do diabetes, não deixe de acompanhar este artigo até o fim.

A partir de agora, vamos apresentar um guia completo sobre o assunto.

Você vai descobrir, por exemplo, como a doença se manifesta e quais são os tratamentos para diabetes tipo 1.

Também conhecerá as consequências à saúde se não buscar suporte médico.

E ainda vai descobrir se o diabetes tipo 1 tem cura, além de conferir dicas para a manutenção do seu bem-estar.

Então, curioso para saber mais sobre os sintomas de diabetes tipo 1?

Boa leitura!


Tudo sobre Diabetes você encontra neste vídeo, confira!

O que é Diabetes Tipo 1?

Diabetes é uma doença caracterizada pelo excesso de glicose (açúcar) no sangue – ou “hiperglicemia”.

Ela ocorre devido a uma falha na produção ou na função da insulina, hormônio secretado pelo pâncreas.

Em condições normais, a insulina permite que a glicose presente no sangue, proveniente da alimentação, penetre na célula, seja metabolizada e transformada em energia.

Porém, em alguns organismos, o sistema imunológico simplesmente ataca as células do pâncreas que produzem essa substância. Elas sofrem de destruição autoimune.

Assim, não há insulina suficiente para fazer a retirada do açúcar do sangue, e a pessoa acaba desenvolvendo o diabetes tipo 1 – também conhecido como diabetes insulinodependente, infanto-juvenil ou imunomediado.

O tipo 1 representa de 5% a 10% dos casos de diabetes e costuma se manifestar com maior frequência em crianças, adolescentes e jovens adultos.

Origem e evolução do diabetes

Os relatos sobre os sintomas de diabetes tipo 1 são bastante antigos.

Alguns remontam há mais de mil anos antes de Cristo, dando conta de pessoas que urinavam muito e emagreciam de tal forma que morriam precocemente.

O nome diabetes mellitus surgiu por volta do ano 100 depois de Cristo, na Grécia.

Na época, o diagnóstico da doença dependia de provar a urina dos pacientes e verificar o gosto adocicado nela.

Esse método curioso só desapareceu em 1776, quando Matthew Dobson apresentou uma forma de determinar a quantidade de glicose na urina.

Já a doença teve o seu reconhecimento apenas em 1812, a partir de publicação da revista médica The New England Journal of Medicine.

Hoje, apenas no Brasil, há 16 milhões de portadores da doença, segundo dados da Organização Mundial da Saúde.

Um fato preocupante é que, em 10 anos, a taxa de diabetes no país cresceu 61,8%.

Mais à frente, vamos falar dos sintomas de diabetes tipo 1. Antes, cabe entender a sua diferença para o diabetes tipo 2.

Principais diferenças sobre Diabetes Tipo 1 e 2

A variação mais comum do diabetes é o tipo 2 – ele atinge cerca de 90% das pessoas com diagnóstico da doença.

O diabetes tipo 2 se manifesta quando há resistência do organismo à insulina ou quando sua produção é insuficiente (assim como no tipo 1).

No primeiro caso, o corpo perde a capacidade de responder aos efeitos da substância.

Há algumas diferenças básicas entre os dois tipos de diabetes.

Enquanto os sintoma de diabetes tipo 1 se manifestam entre a infância e o início da vida adulta, avançando rapidamente, o tipo 2 é mais frequente em adultos e idosos, e os sinais surgem aos poucos.

É comum também que o diabetes tipo 1 tenha origem em fatores genéticos e, por isso, não possa ser prevenido.

O tipo 2, por outro lado, está fortemente associado ao excesso de peso, então manter uma dieta balanceada e fazer exercícios físicos são maneiras efetivas de evitar a doença.

Outra diferença significativa são os tipos de tratamento.

Indivíduos com diabetes tipo 1 normalmente precisam de injeções diárias de insulina para controlar o nível glicêmico. Não há alternativa.

Já o diabetes tipo 2 pode ser controlado com o uso de outros medicamentos ou até mesmo com a mudança de hábitos alimentares e de vida.

Muitas vezes, somente reduzir o consumo de açúcar, álcool e carboidratos já é suficiente para uma melhor qualidade de vida.

Causas do Diabetes Tipo 1

Como vimos acima, o diabetes tipo 1 se desenvolve devido ao ataque do sistema imunológico às células beta do pâncreas, responsáveis pela produção da insulina.

Mas por que o organismo provoca esse auto ataque?

Em muitos casos, a origem do problema é hereditária – ou seja, há uma propensão genética para o desenvolvimento da doença.

Não é regra, mas pode ser a razão para o surgimento de sintomas de diabetes tipo 1.

Sabe-se que mais de 50 genes estão atrelados ao diabetes tipo 1, o que torna difícil determinar uma causa genética específica.

Infecções virais também são apontadas como fatores desencadeadores da doença.

Sintomas de Diabetes Tipo 1

Os principais sintomas do diabetes tipo 1 são os seguintes:

  • Coceira no corpo
  • Sede excessiva
  • Vontade de urinar diversas vezes
  • Fome frequente
  • Cansaço
  • Fraqueza
  • Perda de peso inexplicável
  • Irritabilidade
  • Humor inconstante.

Crianças e adolescentes com a doença também podem voltar a urinar na cama e apresentar apatia, tontura, tremores, suor frio e infecções na região genital.

Diagnóstico de Diabetes Tipo 1

Agora que conhece os sintomas de diabetes tipo 1, vamos entender o que fazer para diagnosticar a doença.

O exame de sangue é o primeiro passo

Com apenas uma gota de sangue e três minutos de espera, já é possível detectar se há alguma alteração na taxa glicêmica do indivíduo.

Caso haja alteração e ela seja considerável, o próximo passo é realizar exames mais aprofundados, para realizar um diagnóstico mais preciso.

Um desses exames é o teste oral de tolerância à glicose, também conhecido pelo termo “curva glicêmica”. Ele controla a velocidade com que o organismo do indivíduo absorve a glicose após a ingestão.

Durante o exame, o paciente tem de tomar determinadas doses de xarope de glicose. No meio tempo, o profissional da saúde coleta amostras de seu sangue para serem analisadas.

Os resultados são exibidos em um gráfico e permitem um diagnóstico rigoroso.

Tratamentos de Diabetes Tipo 1

Apesar de não ter cura e acompanhar o indivíduo pela vida toda, o diabetes tipo 1 pode ser controlado.

O tratamento consiste principalmente em repor a insulina no organismo diariamente.

A substância pode ser aplicada de forma injetável, com o uso de seringas, ou por meio de um aparelho chamado de bomba de insulina.

Ele fica conectado a um cateter implantado sob a pele do indivíduo e libera a substância em seu organismo 24 horas por dia.

Pacientes que aplicam insulina precisam monitorar constantemente seu nível glicêmico para evitar que a taxa fique muito alta ou muito baixa.

Com o dispositivo glicosímetro, é possível medir a concentração de glicose no sangue em casa.

Também estão sendo desenvolvidos estudos para utilizar o transplante de células-tronco no tratamento do diabetes tipo 1.

A ideia é que o transplante possa fazer uma espécie de “reconfiguração” do sistema imunológico do indivíduo.

A terapia incluiria sessões de quimioterapia, para provocar imunossupressão, e, depois, injeção de células-tronco do próprio paciente.

Medicamentos de Diabetes Tipo 1

O medicamento utilizado para tratar o diabetes tipo 1 é basicamente a insulina. O que poucos sabem, porém, é que existe mais de um tipo de insulina.

A insulina regular, de aparência transparente, tem ação rápida – começa a agir entre 30 minutos e uma hora, e seu efeito dura até três horas.

Já a insulina intermediária, de cor leitosa, leva na fórmula uma outra substância que retarda seu tempo de ação – o efeito máximo ocorre entre quatro e dez horas após a aplicação.

O análogo de insulina consiste em células modificadas da substância que o nosso próprio organismo produz, e sua ação pode ser lenta ou muito rápida.

A pré-mistura, por sua vez, combina diferentes tipos de insulinas, com diferentes tempos de ação, em proporções diversas.

Possíveis Complicações

Ainda que os sintomas de diabetes tipo 1 não provoquem desconforto em alguns pacientes, a doença merece atenção.

Se não tratado e controlado, o diabetes pode desencadear diversos outros problemas e culminar em quadros graves de saúde.

Veja abaixo quais são as principais complicações da doença.

Retinopatia diabética

A retinopatia diabética atinge os vasos sanguíneos da retina, região do olho encarregada de criar as imagens que são enviadas ao cérebro.

O aparecimento da doença está relacionado, normalmente, a um longo tempo de duração do diabetes e ao aumento da glicemia.

Quando o diabetes não está controlado, o excesso de açúcar no sangue desencadeia várias alterações no organismo que, entre outros danos, levam à alteração dos vasos da retina.

A retinopatia diabética geralmente afeta os dois olhos e pode levar à cegueira irreversível.

Arteriosclerose

A arteriosclerose caracteriza-se pelo acúmulo de placas de gordura e de tecido fibroso nas paredes internas das artérias, causando obstruções que impedem o fluxo do sangue.

Também conhecida como “endurecimento das artérias”, esta é a principal causa de infartos, acidentes vasculares e doença arterial periférica.

A doença pode desencadear complicações sérias, pois o conteúdo das placas pode se soltar e formar um coágulo na corrente sanguínea, obstruindo a passagem do sangue em artérias de espessura menor.

A arteriosclerose não apresenta sintomas durante a maior parte de seu desenvolvimento e, muitas vezes, só é descoberta após o surgimento de alguma outra complicação.

O risco de pessoas com diabetes desenvolverem a doença é de duas a seis vezes maior do que em pessoas saudáveis.

Nefropatia diabética

A nefropatia diabética é uma alteração nos vasos sanguíneos dos rins que leva à perda de proteína por meio da urina.

Nessa complicação, o órgão pode reduzir sua função lentamente e de forma progressiva, até a paralisação total.

Contudo, esse quadro é contornável e existem exames para detectar o problema ainda na fase inicial.

A insuficiência renal progressiva ocorre em cerca de 50% dos pacientes com diabetes tipo 1. No tipo 2, observa-se uma elevação no número de casos dessa complicação.

A boa notícia é que, para a maior parte das pessoas com diabetes, somente controlar as taxas de glicemia já é suficiente para prevenir a nefropatia.

Mesmo naqueles que já apresentam alterações na urina, o diabetes bem controlado evita a piora do quadro.

Neuropatia diabética

A neuropatia diabética é um tipo de distúrbio nervoso causado pelo diabetes tipo 1.

Os nervos ficam incapazes de emitir e receber as mensagens do cérebro.

Dessa forma, provocam sintomas como:

  • Formigamento
  • Dormência ou queimação das pernas
  • Pés e mãos, dores locais
  • Desequilíbrio
  • Enfraquecimento muscular
  • Pressão baixa
  • Distúrbios digestivos
  • Excesso de transpiração
  • Disfunção sexual
  • Reflexos lentos
  • Úlcera cutânea.

Pé diabético

Esta expressão designa uma complicação muito comum em quem tem diabetes: o desenvolvimento de úlceras (feridas) em áreas machucadas ou infeccionada nos pés.

Essas úlceras se desenvolvem porque a circulação sanguínea é deficiente e os níveis de glicemia são mal controlados.

Em pessoas com diabetes, é importante tratar rapidamente qualquer ferimento nos pés para evitar maiores complicações – como, por exemplo, a amputação do membro afetado.

Infarto do miocárdio e AVC

Quando os grandes vasos sanguíneos do corpo são afetados por algum motivo, pode haver obstrução do coração e do cérebro, levando a um infarto do miocárdio ou a um acidente vascular cerebral (AVC).

A incidência desses problemas é de duas a quatro vezes maior em pessoas com diabetes.

Controlar a glicose, fazer atividade física, não fumar e utilizar medicamentos para combater a pressão alta são práticas fundamentais para evitar essas complicações.

Infecções

O excesso de glicose no sangue pode causar problemas no sistema imunológico, o que aumenta o risco da pessoa com diabetes tipo 1 contrair alguma infecção.

Isso ocorre porque os glóbulos brancos, células do sangue responsáveis por combater vírus, bactérias e outros agentes invasores, ficam menos eficazes com a hiperglicemia.

Além disso, a alta taxa de açúcar no sangue cria ambientes propícios para a proliferação de fungos e bactérias em regiões como boca, gengiva, pulmões, pele, pés, genitais e locais de corte cirúrgico.

Hipertensão

A hipertensão é outra consequência do diabetes, pois a alta concentração de glicose no sangue prejudica a circulação.

O desenvolvimento da arteriosclerose também contribui para o aumento da pressão.

Prognóstico e Expectativa de vida

O prognóstico para uma pessoa com diabetes tipo 1 é bom, desde que o açúcar no sangue seja sempre mantido em um faixa saudável.

Ou seja, você pode controlar e conviver bem com os sintomas de diabetes tipo 1.

Para isso, é necessário monitorar periodicamente a taxa glicêmica da corrente sanguínea e tomar a medicação prescrita pelo médico de forma adequada.

Tradicionalmente, estudos apontam que a expectativa de vida para alguém com diabetes tipo 1 é de 11 anos a menos do que a média da população.

Mas esse quadro está mudando, à medida que os cuidados para prevenir as complicações do diabetes aumentam e o desenvolvimento da tecnologia torna mais fácil para as pessoas controlar o nível de açúcar no sangue.

Prevenção

Infelizmente, ainda não existe nenhuma maneira de prevenir o surgimento dos sintomas de diabetes tipo 1.

O que o indivíduo pode fazer é adotar hábitos de vida saudáveis para prevenir ou reduzir as possíveis complicações associadas à doença.

Duas medidas normalmente aliadas do tratamento do diabetes tipo 1 são a prática de exercícios físicos e o controle da alimentação.

Principais dúvidas sobre Diabetes Tipo 1

Que tal aprender ainda mais sobre os sintomas do diabetes tipo 1 e características da doença?

Veja abaixo algumas das dúvidas mais comuns sobre ela..

1. Se minha taxa glicêmica está alta, quer dizer que estou com diabetes?

Não é uma regra. O exame de glicemia é apenas o primeiro passo para investigar a presença do diabetes.

Os valores normais da glicemia para uma pessoa em jejum variam entre 70 e 99 mg/dL (miligramas de glicose por decilitro de sangue).

Estar um pouco acima desses valores indica apenas que o indivíduo está com a glicemia no jejum alterada.

Esse dado funciona como um alerta de que a insulina pode não estar sendo produzida normalmente. O médico deve solicitar outros exames para um diagnóstico mais preciso da doença.

2. Diabetes é uma doença contagiosa?

Não, o diabetes não é transmitido de uma pessoa para outra.

No tipo 1, existe uma propensão genética para se ter a doença e não uma transmissão comum.

É natural, por exemplo, que as mulheres portadoras de diabetes tenham filhos totalmente saudáveis.

Posso ficar dependente de insulina?

Não, a insulina não causa dependência química ou psíquica no paciente.

A aplicação do hormônio é importante para permitir a absorção de glicose pelas células – função que o organismo não consegue realizar por conta própria – e transformá-la em energia para todo o corpo.

Portanto, não se trata de dependência química, mas de uma necessidade básica do organismo para manter seu pleno funcionamento.

O paciente com diabetes necessita da insulina para sobreviver, mas não é viciado na substância.

Conclusão

Você conferiu neste artigo informações relevantes sobre os sintomas de diabetes tipo 1, o que causa a doença, como prevenir, diagnosticar e tratar.

Este foi um guia completo, com tudo o que você precisa saber para enfrentar o diabetes sem prejudicar seu bem-estar e qualidade de vida.

Use o que aprendeu aqui a seu favor.

Caso tenha se identificado com algum dos sinais da doença, não hesite em buscar auxílio médico.

Você pode começar com uma avaliação clínica e um exame de sangue.

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Por: Cia da Consulta

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