Saiba tudo sobre essa condição que atinge as pessoas principalmente no verão.
O que é Desidratação?
A desidratação ocorre em nosso corpo quando usamos ou perdemos mais líquidos do que ingerimos. Por conta disso, uma pessoa pode ser considerada desidratada quando o organismo passa a ter dificuldades para realizar suas funções normais, por isso é sempre importante repor os líquidos perdidos para não ocorrer a desidratação.
É normal que todos os dias o nosso corpo perca uma certa quantidade de água através de suor, urina, fezes e sob a forma de vapor ao respirar e além da água, pequenas quantidades de sais minerais também são perdidos. A reposição e água constante no corpo é muito importante, visto que a água é responsável por nutrir as células do nosso corpo e garantir que todas as funções sejam devidamente cumpridas para evitar a desidratação.
Só em São Paulo, a desidratação chega a internar 25 pessoas por dia. Quando o corpo tem deficiência de muita água, pode ocorrer uma desidratação severa e ele pode ficar fora de equilíbrio, podendo levar a pessoa à morte.
Tipos de desidratação
A desidratação pode ser dividida em três tipos:
Isotônica
Esse tipo ocorre devido a perda de volume sanguíneo que costuma ocorrer após a pessoa ter diarreia, por exemplo). O termo isotônica refere-se quando há perda de água e sais minerais na mesma proporção.
Hipertônica
Esse tipo acontece devido a perda de água e aumento do sódio no sangue. É uma desidratação do tipo secundária e está associada a alguns problemas de saúde, como o diabetes ou outras doenças mais graves, como queimaduras extensas ou febres prolongadas.
Hipotônica
Esse tipo está relacionado à perda de sal e em decorrência disso, perda de sódio no sangue. A desidratação Hipotônica geralmente é causada quando há abuso no uso de diuréticos (que fazem o rim excretar excesso de sal) ou em portadores de problemas renais.
Causas da desidratação
Muitas condições podem levar a desidratação e causar perdas de água e de fluido rápido e contínuo, levando a desidratação:
– Febre;
– Sudorese, devido ao calor intenso ou esforço físico;
-Vômito, diarreia e aumento da frequência urinária devido à infecção;
– Urinar em excesso, geralmente relacionado com o diabetes;
– Incapacidade de ingerir comida e água apropriadamente (como no caso de uma pessoa com deficiência);
-Diminuição da capacidade para ingerir líquidos (por exemplo, alguém que está em coma ou em um respirador);
– Falta de acesso à água potável;
– Lesões na pele, como queimaduras ou feridas na boca, e doenças de pele graves ou infecções (a água é perdida através da pele danificada);
Fatores de risco para a desidratação
Qualquer pessoa pode ficar desidratada se perde muitos líquidos. Mas algumas pessoas ocorrer maior risco de isso acontecer, entre elas estão:
- Bebês e crianças
As crianças desidratam mais rápido porque costumam ter com maior frequência quadros de febre, diarreia, vômitos e outras infecções, isso ocorre devido ao organismo da criança ter uma proporção maior de água, assim qualquer perda que não é corrigida rapidamente pode levar à desidratação.
- Idosos e pessoas na meia idade
Conforme o corpo envelhece, ele fica mais suscetível à desidratação por várias razões: a capacidade do organismo para conservar água diminui, o senso de sede reduz e a pessoa passa a não tomar tanta água, e há uma menor capacidade de responder às mudanças de temperatura.
Idosos que vivem em casas de repouso ou sozinhas tendem a comer menos do que as pessoas mais jovens e por vezes podem se esquecer de comer ou beber tudo que necessitam durante o dia. A deficiência ou negligência de água também pode impedi-los de ficar bem nutridos.
Estes problemas se agravam devido a doenças crônicas, como diabetes, demência e pelo uso de certos medicamentos que podem interferir e desencadear a desidratação.
- Portadores de doenças crônicas
Pessoas que tem diabetes não controlada, tem alto risco de desidratação. Outras doenças crônicas, como doença renal e insuficiência cardíaca, ajudam a aumentar o risco do problema.
Infecções ou feridas na garganta, em menor proporção, também podem favorecer a desidratação, uma vez que podem impedir a pessoa de comer ou beber adequadamente. E se tiver ocorrência de febre, faz aumentar a desidratação ainda mais.
- Atletas de muita resistência
Qualquer pessoa que se exercita pode ficar desidratada se não fizer reposição de água corretamente, especialmente quando estão em climas quentes e úmidos ou em altas altitudes.
Mas os atletas que treinam pesado para participar, por exemplo, de uma ultramaratona, triathlon, expedições de alpinismo ou torneios de ciclismo, estão em risco particularmente elevado. Isso porque quanto mais a pessoa se exercita, mais difícil é manter-se hidratada e durante a prática do exercício, o corpo pode perder mais água do que pode absorver.
A desidratação também é cumulativa por um período de dias, isso significa que é possível ficar desidratado mesmo com uma rotina de exercícios moderados se você não beber água o suficiente para repor o que perdeu no dia.
- Trabalhar ou fazer exercícios em um clima quente e úmido
Quando o clima está quente e úmido, ficar desidratado ou desenvolver outras doenças provocadas pelo calor aumenta. Pois quando o ar fica úmido, o suor não consegue evaporar e a pessoa não consegue se refrescar tão rapidamente como normalmente faz, e isso pode levar a um aumento da temperatura do corpo e a necessidade de mais fluidos.
Sintomas de Desidratação
Se a desidratação for de leve a moderada pode causar:
– Secura na boca, chegando a ficar pegajosa;
– Aumento da sede;
– Sonolência ou cansaço – crianças tendem a ser menos ativas do que o habitual;
– Diminuição da produção de urina;
– Pouca ou nenhuma lágrima ao chorar;
– Pele seca;
– Dor de cabeça;
– Tonturas e vertigens;
– Prisão de ventre;
Já a desidratação severa, que pode chegar a um caso de emergência médica, pode causar:
– Sede extrema;
– Preguiça extrema ou sonolência em bebês e crianças;
– Irritabilidade e confusão em adultos;
– Boca, pele e membranas mucosas muito secas;
– Pouca ou nenhuma micção;
– Urina que é produzida será mais escura do que o normal;
– Olhos fundos;
– Pele seca e murcha, sem elasticidade;
– Pressão arterial baixa;
– Batimento cardíaco rápido;
– Respiração rápida;
– Ausência de lágrimas ao chorar;
– Febre;
– Nos casos mais graves, delírio ou inconsciência.
Importante saber que a sêde nem sempre é um indicador confiável de que o corpo precisa de água, especialmente em crianças e idosos. O melhor indicador da desidratação é a cor da urina, quanto mais clara, mais o corpo está hidratado, enquanto uma cor amarela ou escuro já indica sinais de desidratação.
Buscando ajuda médica
Um adulto saudável geralmente consegue tratar a desidratação leve a moderada ingerindo mais líquidos durante o dia, como água ou uma bebida isotônica. Procure cuidados médicos imediatos se surgirem sinais e sintomas graves, tais como sede excessiva, falta de urina, pele enrugada, tonturas e confusão.
Também é importante procurar um médico se pessoa desidratada manifestar qualquer dos seguintes sintomas:
- Vômito constante por mais de um dia;
- Febre acima de 38°C;
- Diarreia por mais de dois dias;
- Perda de peso;
- Diminuição da produção de urina;
- Confusão;
- Fraqueza;
- Falta de urina nas últimas 12 horas.
Os médicos que podem diagnosticar a desidratação são:
Diagnóstico de Desidratação
A desidratação pode ser diagnosticada com base em sinais e sintomas físicos. A pressão arterial baixa é um dos sintomas da desidratação, especialmente ao passar de uma posição deitada para uma posição em pé, um ritmo cardíaco acelerado e um fluxo sanguíneo reduzido para as extremidades também são.
O médico poderá solicitar ao paciente uma série de exames para confirmar o diagnóstico, entre eles estão:
Análise clínica
Quando o paciente tiver sintomas como: Aumento da frequência cardíaca, diminuição da pressão arterial, respiração ofegante e febre que são sinais de desidratação potencial e outras doenças.
Exame de urina
O exame de urina pode indicar a desidratação e outros problemas e doenças, como:
- A cor, clareza e densidade da urina, a densidade da urina podem ajudar a indicar o grau de desidratação;
- O aumento da glicose na urina pode conduzir a um diagnóstico de diabetes ou indicar a perda de controle diabético, sendo uma causa para a desidratação;
- Excesso de proteína na urina pode ser sinal de problemas renais;
- Os sinais de infecções ou de outras doenças, tais como doenças do fígado, podem ser encontrados em testes de urina;
- A quantidade de sais (sódio e potássio) e de açúcar, bem como indicadores da função renal (uréia e creatinina) podem ser importantes para avaliar o grau de desidratação e possíveis causas;
Tratamento de Desidratação
Tratamento caseiro
É possível tratar a desidratação leve a moderada, em casa e das seguintes maneiras:
- Tome pequenas quantidades de água durante o dia;
- Tome bebidas isotônicas;
- Faça picolés com sucos de frutas e bebidas isotônica;
- Chupar cubos de gelo;
- Faça água saborizadas com frutas;
Se você está desidratado por conta de. exposição ao calor excessivo, tente fazer as seguintes recomendações:
- Tire qualquer excesso de roupa e deixe frouxas as que não podem ser retiradas;
- Fique em ambientes com ar-condicionado, eles ajudar a temperatura do corpo voltar ao normal mais rápido e quebrar o ciclo de exposição ao calor;
- Se não tem ar-condicionado, fique na sombra e coloque uma toalha molhada a sua volta;
- Use um borrifador para pulverizar água morna em superfícies expostas da pele;
- Evite expor a pele ao frio excessivo, como compressas de gelo ou água gelada. Isso pode fazer com que os vasos sanguíneos da pele se contraem, reduzindo em vez de aumentar a perda de calor.
Tratamento médico
O tratamento tem por objetivo primeiro restaurar o volume de sangue e fluidos corporais, determinando em seguida a causa da desidratação. Quando se está em uma emergência, os médicos provavelmente poderão:
- Resfriar o corpo do paciente, se a causa for exposição excessiva ao calor;
- Fazer a reposição de líquidos via oral se não houver náusea e vômitos ou desidratação excessiva. Caso contrário, fazer a reposição com soro através da veia;
- Fazer exames de sangue e urina para investigar as causas da desidratação.
Se mesmo com esse tratamento o paciente permanecer desidratado, confuso, febril, com sinais vitais anormais persistentes ou sinais de infecção, pode precisar ficar no hospital para tratamento mais específico.
Desidratação tem cura?
A desidratação tem cura, mas é importante que seja tratada o mais rápido possível para que não haja consequências nos órgãos e na saúde do paciente.
Complicações possíveis
A desidratação pode provocar complicações graves, entre elas:
- Lesão térmica, que pode causar exaustão pelo calor ou insolação, provocando risco de vida
- Inchaço do cérebro (edema cerebral): Se a reidratação for feita de forma inadequada, pode ocorrer que algumas células inchem e se rompam, causando consequências graves às células do cérebro.
- Convulsões: as células podem sofrer contrações musculares involuntárias e, por vezes, a uma perda de consciência;
- Choque por baixo volume de sangue (choque hipovolêmico): um dos mais graves e que pode provocar risco de vida. Ele ocorre quando o volume de sangue baixo provoca uma queda da pressão arterial e uma queda na quantidade de oxigênio em seu corpo;
- Insuficiência renal: ocorre quando os rins já não são capazes de remover o excesso de líquidos e resíduos do sangue, podendo ser fatal;
- Coma e morte. Quando não tratada pronta e apropriadamente, a desidratação grave pode ser fatal.
Convivendo/ Prognóstico
A desidratação é simples de ser tratada, mas fazer isso rápido é muito importante. Siga as recomendações médicas e livre-se o quanto antes do problema. Com algumas medidas caseiras, você pode acelerar o tratamento e a recuperação:
- Tome de 8 a 10 copos de líquidos leves (de preferência água);
- Faça refeições pequenas ao longo do dia, em vez de três refeições grandes;
- Coma alimentos salgados, como bolachas, sopa para estimular a sêde;
- Descanse bem;
- Faça uso de soro caseiro.
Receita de soro caseiro: misture em um litro de água mineral, de água filtrada ou de água fervida (mas já fria) uma colher pequena (tipo cafezinho), de sal e uma colher grande (tipo sopa), de açúcar. Ofereça o dia inteiro ao doente em pequenas colheradas.
Prevenção
Para prevenir a desidratação, você pode fazer alguns hábitos diários, como:
- Ingerir quantidades extras de água em eventos ao ar livre que há risco de aumento do suor. Atletas e trabalhadores ao ar livre devem repor os líquidos em uma taxa que é igual ou maior a perda;
- Evite exercício e exposição durante os dias de calor intenso;
- Certifique-se de que as pessoas mais velhas, lactentes e crianças têm água potável adequada;
- Certifique-se de que qualquer pessoa incapacitada ou prejudicada esteja ingerindo quantidade adequada de líquidos;
- Evite o consumir bebidas álcoolicas, especialmente quando o clima estiver quente, uma vez que o álcool aumenta a perda de líquido pela urina;
- Use roupas de cores claras e soltas se você deve estiver ao ar livre no calor;
- Não permaneça o tempo inteiro no sol. Procure uma sombra e refresque-se;
- Controle o diabetes;
Conclusão
A desidratação ocorre quando o corpo não apresenta líquidos em quantidade suficiente para continuar funcionando adequadamente, devido a perda ser maior que a reposição.
Se não ingerimos uma quantidade suficiente de líquidos, principalmente água, passamos por um episódio de perda excessiva de líquido, o corpo sofre mais risco de desidratação , especialmente quando há ocorrência de diarreia – infecção gastrointestinal causada por vírus, bactérias e protozoários.
A desidratação pode ser particularmente perigosa para idosos, crianças e pessoas com o sistema imunológico enfraquecido e, nesses casos, a atenção deve ser redobrada.
No calor, o corpo perde líquido por conta do suor, sendo necessário repor esses sais minerais. O ideal é manter sempre uma garrafa de água por perto para não esquecer de se hidratar tanto nos dias quentes quanto frios.
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