Aleitamento materno: como se preparar para o processo de amamentação
Cia da Consulta | 12.08.2021
Entenda tudo que você precisa saber para se preparar para amamentar seu bebê da forma correta
Você ainda tem muitas dúvidas sobre o aleitamento materno? Existem formas de facilitar esse processo e primeira delas é com apoio e informação. Estamos no Agosto Dourado, o mês dedicado ao incentivo, promoção e proteção do aleitamento materno e nada melhor do que este mês para nos mostrar a importância do leite materno na alimentação e desenvolvimento do bebê durante seus primeiros anos de vida.
Vamos te contar aqui os principais benefícios do aleitamento para a mãe e para o bebê, frequência das mamadas, a maneira correta de amamentar e o que fazer quando acontecer alguma dificuldade ao longo do caminho. Boa leitura e aproveite!
Qual a importância do aleitamento materno?
O aleitamento é extremamente importante para a mãe e para o bebê porque ele proporciona diversas vantagens como uma nutrição ideal, proteção contra doenças, prevenção de alergias alimentares e fortalecimento de laços afetivos.
O leite materno é um alimento produzido pelo corpo da mãe para alimentar o seu bebê de forma exclusiva por 6 meses. Ele possui todos os nutrientes (proteínas, carboidratos, gorduras, minerais e vitaminas) que o bebê precisa durante este tempo para crescer e se desenvolver com saúde.
Um dos grandes benefícios que apenas o leite materno oferece são os anticorpos, que fortalecem o sistema imunológico do bebê e diminuem as chances do bebê desenvolver infecções (como otites, pneumonias, diarreias agudas) e alergias alimentares.
Principais benefícios do aleitamento para mãe e para o bebê
A amamentação permite inúmeros benefícios tanto para a mãe quanto para o bebê, inclusive o fortalecimento do vínculo afetivo entre mãe-bebê. Veja aqui outras vantagens que o aleitamento materno pode proporcionar:
Benefícios para a mãe:
- Evita a hemorragia no pós-parto;
- Ajuda o útero a voltar ao seu tamanho antes da gravidez;
- Pode facilitar a perda do peso adquirido ao longo da gestação;
- Diminui o risco de câncer de mama, endométrio e ovário;
- Diminui o risco de diabetes tipo 2.
Benefícios para o bebê:
- Previne doenças infecciosas, como otites, pneumonia, diarreias;
- Diminui o risco de Síndrome da Morte Súbita do Lactente;
- Reduz as chances do bebê desenvolver alergias alimentares;
- Reduz as chances do bebê ter cólicas;
- Ajuda a acalmar o bebê;
- Está sempre pronto para consumo e já sai na temperatura adequada;
- Diminui o risco do bebê desenvolver depressão na vida adulta.
Frequência e duração das mamadas
A amamentação pode variar em relação aos horários, frequência e duração, tanto de um bebê para o outro, como o mesmo bebê ao longo de um dia e dos meses. E, embora não exista um tempo pré-definido para cada mamada, é provável que esse tempo diminua com o passar dos meses, principalmente durante o dia.
Não existe uma regra de que a mãe deve oferecer sempre as duas mamas. Há bebês que ficam satisfeitos e ganham peso somente com um seio por mamada. Isso é algo que irá variar muito e você poderá ajustar conforme seu bebê. Agora, caso a criança não esteja ganhando peso, não pense duas vezes e procure seu pediatra para conversar, o médico irá orientar você da melhor forma.
O ideal segundo as recomendações do Ministério da Saúde, da Organização Mundial da Saúde, da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Academia Americana de Pediatria é de que o aleitamento materno seja exclusivo até os 6 meses de vida para garantir a saúde dos bebês e imunizá-los contra diversas doenças. Depois deste período, você poderá começar a incluir aos poucos alimentos na dieta da criança, conforme orientação do pediatra.
Dica: Uma coisa que pode acontecer é que alguns bebês, quando saciados, adormecem no peito e não largam o peito. Nestes casos, a mãe deve ficar atenta para reconhecer que o bebê mamou e já está satisfeito (ele fica relaxado, pode ficar de bom-humor ou dormir). A dica é usar o mindinho e colocá-lo no canto na boca do bebê para tirá-lo da mama, assim você evita machucar o mamilo.
Pega correta e posição ideal para o aleitamento
Para uma hora da amamentação tranquila e confortável existem duas coisas principais que devemos considerar: a posição da mãe e a pega correta do bebê. Mas não se preocupe que vamos ensinar tudo sobre essas duas para você aqui!
A pega correta envolve a forma como o bebê deve pegar a mama para que ele sugue o leite materno efetivamente, se nutrindo e estimulando a produção de leite. No caso, o bebê deve abrir bem a boca e pegar grande parte da aréola (parte mais escura da mama), nunca apenas o mamilo. Essa pega correta serve também para evitar a dor ao amamentar e, por consequência, que se formem fissuras mamilares (rachaduras nos mamilos), entre outras lesões nos seios.
Posições
- Ficar “barriga com barriga” em relação à mãe, ou seja, com o corpo de frente para o da mãe, bem próximo;
- A cabeça e coluna do bebê devem estar alinhados;
- A boca do bebê deve estar de frente para o mamilo;
- A mãe deve sustentar o corpo e o bumbum do bebê com o braço e a mão;
- O queixo do bebê deve tocar a mama materno;
- A mãe deve aproximar a boca do bebê do seu seio, para que o ele a abra o suficiente.
Existem várias posições que a mãe pode adotar para amamentar:
1 – Deitada
Deve-se oferecer a mama que está mais próxima do colchão e para ficar mais confortável, apoie sua cabeça numa almofada e verifique sempre se a pega está correta para evitar fissuras mamárias. Esta posição é muito confortável, principalmente durante as mamadas noturnas.
2 – Tradicional
A mãe deve colocar o bebê deitado no seu colo e sentar-se de confortavelmente em uma cadeira ou sofá. A posição está correta quando a barriguinha do bebê encosta na da mãe, enquanto ela segura o bebê com os dois braços por baixo do seu corpo.
3 – Bola de futebol americano
De novo, a mãe deve sentar-se confortavelmente e pegar o bebê em seus braços. Ela deve segurar o bebê como se fosse uma bola de futebol americano, apoiando a cabeça dele com a palma da mão do mesmo lado da mama que vai oferecer.
4 – Cavaleiro
Com a mãe sentada confortavelmente, ela posiciona o bebê sentadinho na coxa do mesmo lado da mama que vai oferecer. As pernas do bebê ficam abertinhas, envolvendo a coxa da mãe. Daí é só posicionar a cabeça do bebê contra a mama – sempre apoiando, até que o bebê saiba sustentar a cabeça sozinho. Esta posição é bastante interessante para os bebês mais dorminhocos durante as mamadas, porque exige uma postura um pouco mais ativa do bebê.
Dica: Variar de posição pode ser ótimo para conseguir se adequar a pega correta ou em casos de fissuras nas mamas, pois a troca de posição faz com que o bebê pegue o peite de forma diferente, gerando menos dor.
Agora que você já entendeu um pouco mais sobre o quão único é o leite materno, mesmo que o processo de aleitamento possa ser inicialmente difícil, se é sua escolha, seu desejo, procure ajude de um pediatra ou um consultor que possa estar com você neste processo. Proteger a amamentação é uma responsabilidade de todos nós, certo?
E, se você concorda e gostou do conteúdo, compartilhe com seus amigos e ajude a espalhar mais essa informação!
Caso queira acessar, a Sociedade Brasileira de Pediatria disponibiliza um manual de amamentação online que você pode acessar e tirar mais dúvidas.
Você também pode obter ajuda ou doar para o banco de leite materno mais próximo. Confira aqui toda a Rede Global de Bancos de Leite Humano.
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